sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Bolsonaro: A Gênese do Mal




Um Presidente da República que debocha de mortos, ri de uma doença mortífera, não está nem aí para o colapso da saúde, acredita em teorias da conspiração, se deixa levar pelos ditos de um péssimo e fajuto astrólogo fascista. Como se não bastasse, promove um falso tratamento que acabou por matar MILHARES de pessoas através do uso de remédios sem eficácia. Isto não é uma pessoa de bem, não pode ser. Quem ama a morte e promove o assassinato de inocentes em nome de ideologias e do poder não pode ser do Bem, não pode estar do lado da Luz, mas só das trevas. Parece que dos fundos dos infernos surgiu um movimento neoconservador capitaneado por pessoas bizarras como Olavo de Carvalho e Steve Bannon, este último é o grande nome do neoconservadorismo  e da alt-right americana com influência de Alexandr Dugin, Julius Evola, René Guenon e Frithjof Schuon. Se nossas tias e tios recebem teorias da conspiração e fake news pelo Zap é graças, em grande parte, a Bannon e Carvalho e seu esforço de "reerguer a civilização ocidental" (nada mais falso, eles querem é criar uma outra coisa baseada nos ensinamentos fascistas pseudo-esotéricos de Julius Evola e de acordo com os horrores da alt-right americana). Já disse do que se trata isso: é a revolta e insurreição do homem branco heterossexual (há dúvidas em relação a isso...) e "cristão" contra tudo e todos que ousaram tirar do poder o pobre coitado homem branco cristão, que sofre tanto por não poder mais ser racista, homofóbico e machista.


Como pudemos nos enganar tanto, colocando essa criatura lá? É mundial o movimento do neoconservadorismo. Isso mostra que nós brasileiros ainda temos muito que evoluir em relação aos direitos humanos e às liberdades individuais.

Acho que isso não pode passar em branco. Ao promover o assassinato de milhares de pessoas, Bolsonaro é um criminoso perverso e não pode ficar a solta. Deveria ser denunciado ao Tribunal Penal Internacional e ser condenado por diversos crimes que tem cometido, mas principalmente por GENOCÍDIO.

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Li no perfil de um amigo um comentário: "As pessoas votaram em Bolsonaro pois tinham a seguinte opção: ou votava em um corrupto, ou votava em um maluco. Muitos então votaram o maluco." Esta consideração não contempla a verdade do que aconteceu em 2018.
Bolsonaro não se apresentou como um " maluco". Como Bolsonaro se apresentou?
Por quase três décadas, Bolsonaro foi um político profissional. Como político profissional, colocou três dos seus filhos na carreira política. Assim também o fez com algumas de suas ex esposas.
Ainda assim, Bolsonaro se vendeu como um " anti politico".
Bom, se já aqui não temos a postura de um notório corrupto, é sinal que a palavra perdeu o seu significado.
Mas então, Bolsonaro se vendeu como algo mais do que um " político anti politico". Ele defendeu por anos, e abertamente:
O extermínio de adversários políticos, A tortura, Grupos de extermínio e esquadrões da morte, A coação e extermínio de grupos minoritários, A legitimidade do estupro, As qualidades e virtudes de Adolf Hitler, Os acertos dos EUA em exterminar as populações indígenas daquele país, Em um país homofóbico, afirmou que preferiria ter um filho morto em um acidente do que ter um filho homossexual. Eis como Bolsonaro se apresentou, por décadas, a população brasileira, sendo repetidas vezes eleito por justamente se apresentar assim. Em um dado momento, seu nome se associou a uma identidade " cristã ". É visto tanto por católicos como por evangélicos como um líder cristão. Eis o homem. Não " maluco". Sim como " homem de bem, patriota e cristão ".
Eis por qual motivação, mais de 50 milhões de brasileiros adultos votaram em Jair Bolsonaro. Foi pela identificação com todas estas marcas citadas acima. Ou por no mínimo uma sintomática indiferença a gravidade destas marcas de identidade. Homofóbico? Ah...não é tão grave....Apoia tortura? Ah...não é tão grave...Apoiar extermínio de grupos minoritários? Ah....não é tão grave...
Eis.
A satanização de Bolsonaro, como um indivíduo a parte, sem se levar em consideração que ele é o líder muito popular e admirado por milhões de brasileiros, é uma demonstração de nossa incapacidade como sociedade, de encarar os nossos problemas.
Assim se dá a negação do racismo, do machismo, da homofobia, do pecado de nossa desigualdade social, de nossa violência como cultura.
Fingimos que nada disso há.
Já considerei isso na conversa com muitos amigos: Não se faz possível exercer uma oposição cidadã ao bolsonarismo, mantendo relações de amizade com bolsonaristas. Estas pessoas (os bolsonaristas), seriam ajudadas em seu discernimento, se percebessem o afastamento dos amigos e parentes, em razão de suas escolhas pela brutalidade, pela desumanidade, pela legitimação de tudo aquilo que o mais básico nexo de civilidade já considerou inaceitável. Nada adianta sermos individualmente contrários ao bolsonarismo, mas cultivarmos relações de camaradagem com bolsonaristas. Você acha isso muito radical? Então é só você substituir " bolsonarista" por : Racista, Machista, Homofóbico, Intolerante religioso, Apoiador da tortura, Apoiador de ditadura... Você então, acha razoável cultivar relações de amizade com um racista, com um machista, com um torturador ou apoiador da tortura, com um homofóbico? Pense.







Li na postagem de um amigo: " Bolsonaro já deixou de ser humano" Isso é um erro. É humano.
Mas é um humano obscurecido. Um malvado. Mas só os humanos podem ser malvados, monstros. Um tubarão não é malvado. Um ciclone não é malvado.
O tubarão é o ciclone são temíveis, mas não são malvados. Só um ser humano pode ser um monstro.
Um animal não pode. Só o homem pode. Todos nós combinamos três marcas do universo das formas e dos nomes. A cultura védica denomina estas marcas, características, tendências, como gunas. São três: Santa, Rajas e Tamas. Ou : Pureza, paixão e obscuridade. As pessoas maravilhosas, santas, tem um predomínio de sattva, pureza. Mas mesmo nessas há um pouco que seja de raras, paixão, e uma ínfima parcela de tamas, obscuridade. No indivíduo que chamamos " monstro", há um predomínio de tamas, obscuridade.
E quando ela é este monstro, temos uma forte combinação de tamas e raras, ou : obscuridade e paixão.
Bolsonaro é um homem tamasico, com forte combinação de raras. É um apaixonado pela morte, pela degradação. É um malvado típico. Mas mesmo nele ha um pouco de sattva, pois Deus É a natureza de todos, em essência. Mas bondade em Bolsonaro? Como ver isso?
Podemos ver isso no amor aos filhos. Mesmo um monstro pode ter amor pelos filhos. Eis o pouquinho de sattva no predominantemente tamasico.