A prova de que Megadeth é música clássica repaginada é a primeira faixa do Killing Is My Business... and Business is Good: Last Rites - Love to Deth:
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Complementando o post antigo, esse excelente vídeo do Dr Osvaldo Luis Ribeiro explica didaticamente, e com muito bom humor, a diferença entre Duplo e Alma e como o Cristianismo primitivo não acreditava em Alma (basta ler Paulo para perceber isso), tanto que NÃO EXISTE ALMA NA BÍBLIA EM PARTE ALGUMA:
Sim. Não.
É um erro recorrente que, inclusive, professores universitários cometem, esse de achar que os gregos eram dualistas. Não era assim. Se somos dualistas hoje é simplesmente porque o Cristianismo (a versão greco-romana-judaica do Zoroastrismo) roubou dos cultos de Mistério esse dualismo e o adaptou para o Monoteísmo.
Mas isso não devia ser óbvio? Zeus transou com Alcmena e ela engravidou de Hercules, ora bolas! Como que é dualista uma religião que os deuses comem, bebem, trabalham, transam?
Também é mito a teoria da conspiração da origem egípcia do cristianismo. Essa é muito querida entre os esotéricos que inventam cada burrice para justificar suas palhaçadas de classe média branca entediada. Cristianismo é Zoroastrismo e mais nada, veio do Farisaísmo que é Zoroastrismo puro. Enquanto o Zoroastrismo é um Monoteísmo disfarçado de Henoteísmo (os deuses são aspectos, facetas, características do maior dos deuses, Ahura Mazda, que só não é chamado de único para não chocar a população mas que, na prática, é o único deus criador e e digno de adoração), o Judaísmo é Monoteísta assumido. As semelhanças que mitos e lendas cristãs tem com a religião egípcia são as mesmas que tem com os mitos gregos, romanos, persas, babilonicos, fenícios e etc.
O que ocorreu foi que as crenças das religiões de mistério gregos passaram para os cultos orientais, dentre eles o Cristianismo, via intelectuais desses cultos como o péssimo Orígenes de Alexandria que utiliza o termo dos mistérios "Asômaton" (traduzido como incorpóreo, sem corpo) para definir a alma, já corrompendo o cristianismo primitivo com doutrinas órficas gregas. Com a expansão do Império Grego para o Oriente, elites gregas foram junto levando as crenças de mistério, mas a única religião oriental que abraçou o dualismo grego foi o cristianismo, enquanto o hinduismo desenvolveu uma forma aberrante de monismo na qual a matéria é considerada uma ilusão e sendo puramente espírito, daí o desprezo que algumas filosofias hindus nutrem pelo corpo não por ele ser uma tumba como no Orfismo mas por ser um estado ilusório do próprio "espírito", o que é tão horrível e aberrante quanto esse dualismo órfico-platônico-cristão que imbeciliza até hoje.
Voltando ao dualismo ontológico (alma x corpo), ele dá indícios de surgir entre alguns escritos e relatos de pós-morte egípcios mas só vai aparecer realmente no Orfismo. E o Orfismo é um culto de mistério, religião privada para classes abastadas, não pode de forma alguma ser confundido com a religião grega pública, popular e profundamente arraigada na natureza e no unitarismo (não existe alma, tudo é corpo).
Os egípcios não acreditavam em alma mas tinham uma concepção bastante peculiar do indivíduo. Com as variações a depender da Dinastia, do período histórico e etc, os egípcios acreditavam que todo ser humano tem um Duplo ou Essência Vital, assim como os babilônios e todos os outros povos do Oriente Médio, mas no caso do Egito houve uma tamanha sofisticação nesse conceito que esse Gêmeo pode ser caracterizado como 5 ou até 9 partes diferentes de um indivíduo, a depender da época e da crença dominante em cada período histórico do Egito! Não há alma no Egito, há o Duplo. Mas o Duplo do Egito é diferente de todos os outros duplos do Oriente Médio, a tal ponto que uma das partes desse duplo pode ser considerada mais ou menos o antecessor do que os cultos de mistério chamarão tardiamente de Daimon, Daimonion, Demônio, Alma, e nós hoje chamamos de Alma ou Espirito que possui um corpo humano.
Voltando à Grécia. As religiões de mistério surgem na medida em que ocorre uma estratificação social na Grécia a partir da invasão dos Dórios que causa a substituição da Realeza (Monarquia rural) pela Aristocracia urbana, uma sociedade muito mais estratificada, desigual e separou e dividiu ainda mais o mundo micênico entre extremamente ricos e extremamente pobres, a chamada Idade das Trevas Grega entre os séculos 12 e 8 a.C.. 300 anos depois Platão já escrevia seus diálogos fazendo referência clara aos Mistérios de onde tirou seus conceitos de Alma.
Essa aristocracia urbana que surgiu e que agora comanda todas as Pólis vai criar uma forma de religião própria, separada da "ralé" e com um nível de idealização e especulação "espiritual" muito além da cultura grega comum. Desconfia-se que a inspiração para isso seja a alta sofisticação da teologia egípcia que só era acessível ao Faraó, nobreza e clero egípcios, com quem esses gregos tomaram contato e copiaram, não sem modificar o sistema. A extrema dualidade entre as castas sociais aristocratas da Grécia e o povo e a tradicional obsessão pela pureza ritual grega campesina (que influenciará no rito cristão da Eucaristia) podem ter influenciado na origem da ideia de que o a força vital que possui o corpo, o Daimon, é uma coisa chamada Alma (que será chamada depois de Psiché), um ser transcendental que não se polui (limpeza, pureza) com o corpo e se difere totalmente deste (estratificaçao, separação, hierarquia).
Essa idiotice de Alma ficou adstrita as classes altas, enquanto o povão grego praticava sua religião tradicional como sempre:
1 Dois erros fundamentais: a) confundir religião com mitologia; b) buscar a religião principalmente na literatura. [Heródoto] e Hesíodo nunca escreveram livros sagrados /13.
2 Evemerismo: Evêmero, 340-260 a.c.. Na ilha Panchaia há, no templo de [Zeus], uma estela com a lista de [Rei]s antigos que se sucederam cada um se rebelando contra seu pai. Os deuses seriam reis de outrora cujos feitos se converteram deformados em mitos. Evemerismo é tentativa de reduzir mitologia a deformação da história. (3]
3 O mito é um meio de explicar um rito. Um relato destinado a dar, seriamente ou não, o porque de um costume, que pode até ser profano, mas geralmente é cultual. O rito é a origem do mito. (6]
4 Lendas de [Herói]s são criadas quase totalmente a partir de relatos baseados em atos cultuais. As pessoas divinas são essencialmente ídolos e a [Estátua] de culto não é uma representação, mas o próprio deus. Por isso guerreavam pela posse de estátuas, algumas ditas caídas do céu, que eram [Talismã]s. Antes mesmo de aprenderem a talhar, captou-se nas [Pedra]s brutas o sagrado (argoi lithoi, veneráveis ancestrais das estátuas). É preciso fixas as influências invisíveis boas por meio de estátuas ou destruir as más jogando as efígies no fogo.
Sócrates foi condenado não por não crer nos mitos sobre os [Deuses], mas porque punha em perigo os cultos, os ritos que protegiam a cidade contra as catástrofes. (8-9]
5 “Enquanto as mais belas invenções da mitologia viram-se logo abaladas pelas reflexões mais elementares dos primeiros filósofos, o paganismo propriamente dito permaneceu inabalável durante toda a Antiguidade (e ainda o é), ou seja, foi a religião de camponeses convencidos de que o não-cumprimento dos ritos significa a perda das colheitas, epizootias, fomes” (10]. Há grande liberdade de pensamento e imaginação sobre a vida dos deuses, mas os atos de culto se mantém imperturbavelmente: o rito é o essencial para o povo. /14.
6 Para outros povos e religiões, os deuses estão sempre ligados a uma de três funções sociais importantes para a organização social, soberania/sacerdócio, guerra e produção. Na Grécia não é assim, seus deuses não são inclinados à especialização, tratam de todas as funções.
7 Características da religião grega: ausência total de dogma ou doutrina, de clero como classe social, de livro sagrado (12-13].
1. Traduziu-se indiscriminadamente [Hiéron], [Temenos] e naos como [Templo], mas só a terceira indica edifício de função religiosa.
2. [Naos] é o prédio onde mora o [Ídolo], a [Estátua], que é o próprio deus. /17
3. Temenos e hiéron(=santo) são o terreno com tudo que encerra, e que é propriedade do deus: o santuário.
4. se o santuário é arborizado chama-se alsos.
5. nada mais enganador que aproximar religião grega com romana. /19
5. a parte mais importante do santuário não é o templo, mas o [Altar], porque o [Sacrifício] é o ato mais relevante do culto: o santuário pode não ter templo, mas tem altar. /20
6. há dois tipos de altar, conforme a natureza do sacrifício.
7. o primeiro tipo de [Sacrifício] - que é o essencial da oferenda - é constituído da [[Fumaça] que sobe para os [Deuses] de cima, as potências celestes, olímpicas, uranianas (como em 'os pássaros' de Aristófanes).
8. aqui, o fiel fica sobre uma plataforma (prothysis) onde o animal é degolado; há uma construção elevada chamada eschara ou lateira, que queima apenas uma parte da vítima para que a fumaça alegre o deus. o resto da vítima é comido. esse tipo de altar é chamado bômos /22.
9. no segundo tipo de sacrifício, destinado aos deuses de baixo (os deuses infernais, ou os mortos, ou os heróis), o essencial é o [Sangue] (ou qualquer oferenda líquida) que deve penetrar no solo e suas profundezas. /21/. Para esse tipo usa-se um fosso (bothros) onde se derrama o sangue, outro onde se queima inteira a vítima (eschara). O conjunto é isolado por muro
8. o sacrifício para os deuses Ctonianos (ctoniano é tudo que tem relação com a terra, chton), inferiores, partem da ideia religiosa de que tudo relacionado à morte é impuro, imundo, contém miasma a eliminar. o sacrifício é uma eliminação de sujeira: carrega-se o animal de sacrifício com essa sujeira de que se pretende desfazer-se destruindo-a. Normalmente esse sacrifício é feito em segredo /24/, ou só com testemunhas ritualmente preparadas.
9. Os deuses representam um papel menos importante que os mortos nesse rito, que foi criado não pelo medo da Morte em si, mas daquilo que ela pode trazer de imundície aos vivos.
10. Quanto aos deuses de cima, em princípio só recebem a carne não consumível, e, quando se dão os [Ossos], dão-nos brancos, sem carne nenhuma /24/. Come-se carne quando há sacrifício, apenas. Supõe-se que o que se dava aos deuses era consequência do modo regulamentar de cortar a carne e eliminar os dejetos pelo [Fogo] /25/. Thysia significa sacrifício mas também festa religiosa. Quanto mais festas, mais dias em que se come carne /30/
11. Assim, no sacrifício ctoniano a ideia religiosa é a original, e no sacrifício celestial a ideia religiosa só veio depois, como consequência /25.
12. Festa Dipolies, de zeus protetor da cidade: espalhava-se o trigo e soltava-se um boi para comê-lo; enquanto ele comia, um sacerdote (membro de uma família de sacerdotes hereditários) o matava a machadadas, e fugia, largando o [Machado]; instituía-se um processo para julgar o machado, que era condenado a ser jogado fora do país. /26.
13. A religião grega também admitia o sacrifício humano, de cativos, normalmente em honra a mortos ilustres /26.
14. Em Esparta havia um rito no santuário de [Ártemis]: a sacerdote segurava o ídolo, que se cria caído do céu, enquanto fiéis (rapazes do serviço militar, certa época) eram açoitados; para encorajar os verdugos a sacerdote dizia que a estátua estava ficando pesasa, ia cair, o que causaria calamidades /27/.
15. Também em Atenas se conduzia um casal (prisioneiros certamente) por todo o território, para impregná-los com toda impureza, e depois os expulsavam da Ática; supõe-se que no passado isso terminava com a morte e não exílio dos supliciados, que eram chamados, alás, pharmacoi /28/.
16. Para certos heróis, como [Héracles], cabem os dois tipos de sacrifício, porque é ao mesmo tempo um morto e um deus. Exceto os deuses exclusivamente ctonianos, como [Hades], os demais, olímpicos, também tinham traços ctonianos, especialmente zeus. Não existiam deuses exclusivamente uranianos. De forma que podiam receber os dois tipos de sacrifício. /29/.
17. As cidades gregas nunca tiveram um calendário uniforme. Tentativa de corrigir a defasagem entre os meses, que são lunares, e o ano, que é solar (v. [Mês], [Ano], [Lua], [Sol]). Normalmente todas cidades tinham uma festa, Antestérias, para assinar o renascimento da vida e da [Vegetação]: inauguração do ano natural (fevereiro/março(. O rei preside essa festa, que é ligada a [Dioniso] /30/. A festa dura 3 dias,o 1º é da abertura dos jarros, o 2º de beber o vinho e concurso de bebê-lo; também havia a procissão; o 3º dia era de luto. Nesse dia ferviam-se grãos para servir aos mortos, que só nesse dia tinham licença de andar por toda parte, e eram expulsos ao final. /31/
18. A procissão era o ponto mais importante: análoga a [Casamento] conduzia o rei e uma mulher, que faz o papel de rainha na festa, até a 'casa do vaqueiro', onde, identificados ele como o deus-[Touro] e ela como deusa, faziam uma [Hierogamia], para assegurar a feretilidade da terra por um ano /32/.
19. Há muitos ritos nos quais um personagem desempenha o papel de um deus, e não só representa, mas é, na cerimônia, o próprio deus. Por isso muitas festas deram origem a representações dramáticas. /33.
20. As festas compõem-se de sacrifícios, cânticos, música, e danças. /33
21. Diz um mito que [Teseu], para comemorar a morte do [Minotauro], instituiu uma festa contendo uma dança que imitaria/reproduziria os circuitos (periodoi) e saídas (diexodoi) do [Labirinto], segundo um movimento (rythmos) com aternâncias (parallaxeis) e desdobramentos (anélixeis). Talvez tenha ocorrido o contrário: o mito do labirinto foi inventado para explicar a [Dança], que teria significado lustral e servia para purificar um local de culto. Homero também descreve uma dança representada no escudo de [Aquiles] /34-5/.
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Resumindo, a religião grega Pública era basicamente MACUMBA. Ritos públicos praticados por todos do povo pra atrair prosperidade, colheitas, chuvas, boa sorte e afastar doenças, morte, guerra e azar. Essas práticas são parecidas com xamanismo, pajelança, macumbas, candomblé, bruxaria, xintoismo, praticamente todas as religiões politeístas existentes tem semelhanças umas com as outras.
E não há problema nenhum nisso! Hoje eu vejo que pensei errado, muito errado!
Influenciado pelo cristianismo, monoteísmo, dualismo e etc, achava a religiosidade popular muito inferior. Hoje é o contrário e a academia me ajudou a me despir dos preconceitos arraigados dentro de mim, bem como do fascismo latente em todas as culturas monoteístas.
Fui da classe baixa para a classe média e passei a nutrir um desprezo pela religiosidade popular baseado na doutrinação religiosa e lavagem cerebral que recebi dos meus familiares. Acreditava nessa bobagem de "negar o eu", viver para o "espírito", não viver sob a "carne" e essas demências criadas por psicopatas para abusar de pobres, burros e fracos. Chegava a ter vergonha de mim mesmo, da minha natureza humana, até mesmo do meu corpo!
Tudo errado. Quem disse que não somos nosso corpo? O Orfismo, Platão, Agostinho, a Igreja Católica e o Cristianismo Ocidental em geral. Essas cinco grandes bostas podres que a humanidade cagou exalaram um fedor de esgoto horrível que destroi vidas até hoje. A ciência está aí para provar: consciência é matéria. Nós somos átomos, cadeias de carbono, a matéria que chegou a tal ponto de evolução que passou a se conhecer. Não existe alma, isso é mitologia ruim!
Negar o corpo é negar a si mesmo. Eu sou meu corpo, eu sou poeira das estrelas, eu sou o Universo. Eu não vim de outro mundo. Eu não estou aqui... EU SOU AQUI, EU SOU O MUNDO! Negar a carne é negar a vida, negar o existir, negar o amor.
Quando eu era pré-adolescente e ainda estava na igreja, eu acreditava em magia. Juntava com um coleguinha e escreviamos livros de feitiços e "simpatias". Faziamos rituais com ingredientes para conseguir coisas. Até criamos um grupo de magia. Depois, conheci a Wicca e ia nos bosques e matas com o pessoal do coven e queria ser bruxo, e estava na Igreja Evangélica! Conheci pessoas que tinham seus santos de devoção em casa enquanto iam a cultos até hoje, e gente que vai no candomblé e na igreja... São muitos assim, e isso tem uma explicação:
O POVO É POLITEÍSTA, É PAGÃO, É MACUMBEIRO.
Eu estava no Santuário São Judas Tadeu no bairro da Graça em Belo Horizonte com um colega, quando escutamos dois fiéis conversando. Um homem falava que precisava muito de uma graça e uma senhora passando ouviu e disse a ele: "Meu filho, tem que pedir é pra Nossa Senhora! Tem milagre que Jesus não resolve não, só Nossa Senhora que resolve". Eu adorei. Meu colega não gostou.
Na mente do povo, os santos, os anjos, as pessoas da santissima trindade, são todos deuses, divindades, entidades poderosas. No mundo do antigo testamento chamaríamos todos eles de Elohim. Não tem negócio de deus único não! O povo é pagão, é politeísta, sempre foi e sempre vai ser! A Elite é que adora um Monoteísmo pra concentrar o culto e controlar os pobres. A elite usa a religião contra o pobre sempre em qualquer sociedade.
Politeísmo é a forma mais tradicional e "natural" de religiosidade que existe. Cada divindade serve pra alguma coisa. Quem quer saber de "transcendência", "espiritualidade", "meditação", "alma", "vida espiritual", "evolução espiritual" é a porca e imunda classe média alta, que delira sobre o mundo pra ocupar sua vida porca cheia de vazios e tédios. Pobre quer prosperidade! Trabalhador quer comida na mesa! Proletário quer emprego melhor e salário alto! O povo quer carro, casa, apartamento e geladeira cheia! Foda-se a bosta da espiritualidade, isso é criação da classe alta pra manter o pobre no seu lugar, calado e sem fazer Revolução Social pelos seus direitos.
A Luta de classes é muito clara entre os Monoteístas e seu fascismo e os Politeístas e sua religiosidade popular, "natural" e tradicional. A verdadeira TRADIÇÃO é a macumba, a feitiçaria e a bruxaria, essa é a única e verdadeira TRADIÇÃO, viu guenonianos, perenialistas, schuonistas e outros imbecis homens brancos que deliram serem de castas espirituais superiores quando na verdade são uns velhos podres de classe MÉRDIA que ignoram os pobres sendo explorados, roubados e oprimidos diariamente na rua em que moram! Adoro esses maçons que os próprios parentes falam que são pessoas horríveis de se conviver, avarentos, presunçosos, um horror.
Tem até uma patota muito tosca de pastores evangélicos "progressistas" que vivem atacando o povo por gostar de macumba quando inventam um Jesus mais falso e ridículo que o da bíblia e dizem que esse ridículo mito pós-moderno, descolado e "cool" pra galera "curtir" é chave hermenêutica de texto bíblico hahahahaha mas tem que fumar quilos da pior maconha que comprarem ali no boca pra soltar isso. Toda hora ta aparecendo videos desse povo pra mim, um inventando um Jesus mais aberrativo que o outro...
A feitiçaria, a magia, a pajelança, a astrologia, a macumba, a bruxaria é a forma mais tradicional e popular de religião. É politeísta, aceita todos os deuses, é popular, proletária, chão de fábrica, materialista, real, histórica! Esse Jesus artificial e montado pra agradar jovens urbanos monoteístas em busca de uma espiritualidade que aceite suas tatuagens e piercings é a coisa mais ridícula que eu já vi. Se enxerguem, pastores progressistas, vocês são Malafaias que não deram certo.
Minha amiga que mora no Aglomerado da Serra e vende droga para um colega meu tem mais valores e honra que todos esses mestres, líderes e professores espirituais aí na tv, internet, igrejas e tudo mais. E detalhe que o dono do morro é policial e todos já sabem que os filhos dela não entram pra empresa. Se colocar o filho dela mais velho pra fazer comércio a bala vai cantar. Sei disso e muito mais, eu parei o carro na boca um dia com ela e participei do comércio, até ganhei por isso. Esse é o mundo real, não o desses pastores progressistas monoteístas com seus "evangelhos puros" de bosta.
Todo Monoteísta é FASCISTA porque ele quer impor DOGMAS, impor um sacerdócio hierarquizado que monopoliza não só os ritos mas as crenças mais íntimas dos indivíduos. O que os cristãos chamam de "anticristo" e "besta do apocalipse", "governante mundial" e outros mitos de ficção científica e de futuro distópico representa eles mesmos, o desejo deles, o sonho deles, que é o controle MORAL dos corpos e consciências de todos e imposição do pensamento único, ideia única, governo único, sacerdócio único, cultura única. Eles estão pregando isso AGORA nas seitas mais abjetas e doentias por aí! ISSO É POLÍTICA, CONTROLE POPULACIONAL! P-O-L-Í-T-I-C-A !!!!
Governo não tem que cuidar de moral!
Governo não tem que cuidar de costumes!
Governo tem que cuidar somente da Economia, da Segurança, da Saúde, da Educação E SÓ!
Na Grécia um dos motivos que fez surgir a Filosofia foi o tipo de religião da população. Por quê? POR QUE ERA MACUMBA PURA. Não havia sacerdotes hierarquizados como classe social detentores de dogmas e doutrinas oficiais obrigatórias. O que era oficial era só o rito pra ter chuva, colheita e comida. As lendas e feitos dos deuses e heróis eram passados, criados e inventados com ampla liberdade por todos. É o contrário do que dizem na Universidade ainda hoje, que os gregos acreditavam na alma, na transcendência e por isso a filosofia surgiu lá porque o espirito deles estava inclinado para a espiritualidade elevada e transcendente e blablablabla....
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A religião grega dividia-se em pública e dos mistérios. A pública era hierofânica (via em qualquer evento a manifestação do divino), naturalista (sem lugar para a santidade ou ascese, não queriam elevar o homem acima dele mesmo; tudo o que é natural para o homem vale como legítimo para a divindade; o homem mais divino é o que cultiva ao máximo suas forças humanas; o dever religioso consiste em fazer, em honra da divindade, o que é conforme a natureza humana), tinha concepção unitária de alma e corpo.
A Religião dos mistérios (também chamada Orfismo) tinha concepção dualista de alma e corpo. Pontos importantes: a) no homem reside um princípio divino (daimonion), unido ao corpo por causa de uma culpa original; b) esse princípio é imortal, deve passar por série de reencarnações até expiar sua culpa; c) a vida órfica com práticas purificadoras ([Ascese]) pode por fim ao ciclo das reencarnações, levando à felicidade perfeita pós-vida.
https://www.albertosantos.org/Religi%C3%A3o%20grega%20p%C3%BAblica%20e%20dos%20mist%C3%A9rios.html
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Pequena correção do texto acima: não é concepção unitária de alma e corpo. NÃO TEM ALMA!!! Só corpo!
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O segundo componente ao qual se precisa fazer referência para compreender a gênese da filosofia grega, como já dissemos, é a religião. Mas, quando se fala de religião grega, é necessário distinguir entre a religião pública, que tem o seu modelo na representação dos deuses e do culto que nos foi dada por Homero, e a religião dos mistérios. Há inúmeros elementos comuns entre essas duas formas de religiosidade (como, por exemplo, a concepção de base politeísta), mas também importantes diferenças que, em alguns pontos de destaque (como, por exemplo, na concepção do homem, do sentido de sua vida e do seu destino último), tomam- se até verdadeiras antíteses.
Ambas as formas de religião são muito importantes para explicar o nascimento da filosofia, mas a segunda forma o é mais, pelo menos em alguns aspectos.
Comecemos por ilustrar alguns traços essenciais da primeira. Para Homero e para Hesíodo, que constituem o ponto de referência das crenças próprias da religião pública, pode-se dizer que tudo é divino, porque tudo o que ocorre é explicado em função da intervenção dos deuses: os fenômenos naturais são promovidos por Nume; os raios e relâmpagos são arremessados por Zeus do alto do Olimpo, as ondas do mar são provocadas pelo tridente de Poseidon, o sol é levado pelo áureo carro de Apoio e assim por diante. Mas também a vida social dos homens, a sorte das cidades, das guerras e da paz são imaginadas como vinculadas aos deuses de modo não acidental e, por vezes, até mesmo de modo essencial.
Mas quem são esses deuses? Como os estudiosos de há muito reconheceram e evidenciaram, esses deuses são forças naturais personificadas em formas humanas idealizadas ou então são forças e aspectos do homem sublimados, hipostatizados e aprofundados em esplêndidas semelhanças antropomórficas. (Além dos exemplos já apresentados, recordamos que Zeus é a personificação da justiça, Atena da inteligência, Afrodite, do amor e assim por diante.) Esses deuses, portanto, são homens amplificados e idealizados, sendo assim diferentes só por quantidade e não por qualidade. É por isso que os estudiosos classificam a religião pública dos gregos como uma forma de “naturalismo”. Assim, o que ela pede ao homem não é — e não pode ser — que ele mude a sua natureza, ou seja, se eleve acima de si mesmo, mas, ao contrário, que ele siga a sua própria natureza. Fazer em honra dos deuses aquilo que está em conformidade com sua própria natureza é tudo o que pede do homem. E, da mesma forma que a religião pública grega foi “naturalista”, também a primeira filosofia grega foi “naturalista”. E mais: a referência à “natureza” continuou sendo uma constante do pensamento grego ao longo de todo o seu desenvolvimento histórico.
Mas nem todos os gregos consideravam suficiente a religião pública. Por isso, em círculos restritos, desenvolveram-se os “mistérios”, tendo suas próprias crenças específicas (embora inseridas no quadro geral do politeísmo) e suas próprias práticas. Entre os mistérios, porém, os que mais influíram na filosofia grega foram os mistérios órficos, dos quais falaremos adiante. O orfismo e os órficos derivam seu nome do poeta trácio Orfeu, seu fundador presumido, cujos traços históricos são inteiramente recobertos pela névoa do mito. O orfismo é particularmente importante porque, como os estudiosos modernos reconheceram, introduz na civilização grega um novo esquema de crenças e uma nova interpretação da existência humana. Efetivamente, enquanto a concepção grega tradicional, a partir de Homero, considerava o homem como mortal, colocando na morte o fim total de sua existência, o orfismo proclama a imortalidade da alma e concebe o homem segundo um esquema dualista que contrapõe o corpo à alma.
O núcleo das crenças órficas pode ser resumido como segue:
a) No homem se hospeda em princípio divino, um demônio (alma) que caiu em um corpo em virtude de uma culpa original.
b) Esse demônio não apenas preexiste ao corpo, mas também não morre com o corpo, estando destinado a reencarnar-se em corpos sucessivos, através de uma série de renascimentos, para expiar aquela culpa original.
c) Com seus ritos e suas práticas, a “vida órfica” é a única em condições de pôr fim ao ciclo das reencarnações, libertando assim a alma do corpo.
d) Para quem se purificou (os iniciados nos mistérios órficos) há um prêmio no além (da mesma forma que há punição para os não iniciados).
Em algumas tabuinhas órficas encontradas nos sepulcros de seguidores dessa seita, entre outras, podem-se ler estas palavras, que resumem o núcleo central da doutrina: “Alegra-te, tu que sofreste a paixão: antes, não a havias sofrido. De homem, nasceste Deus!”; “Feliz e bem-aventurado, serás Deus ao invés de mortal!”; “De homem, nascerás Deus, pois derivas do divino!” O que significa que o destino último do homem é o de “voltar a estar junto aos deuses”.
A ideia dos prêmios e castigos de além-túmulo, evidentemente, nasceu para eliminar o absurdo que frequentemente se constata sobre a terra, isto é, o fato de que os virtuosos sofrem e os viciosos gozam. A ideia da reencarnação (metempsicose), ou seja, da passagem da alma de um corpo para outro, como nota E. Dodds, talvez tenha nascido para explicar particularmente a razão pela qual sofrem aqueles que parecem inocentes. Na realidade, se cada alma tem uma vida anterior e se há uma culpa original, então ninguém é inocente e todos pagam por culpas de gravidades diversas, cometidas nas vidas anteriores, além da própria culpa original:
“E toda essa soma de sofrimentos, neste mundo e no outro, é só uma parte da longa educação da alma, que encontrará o seu termo último em sua libertação do ciclo dos nascimentos e em seu retomo às origens. Somente desse modo e sob o metro do tempo cósmico é que se pode realizar completamente para cada alma a justiça entendida no sentido arcaico, isto é, segundo a lei de que quem pecou, tem de pagar” (E. Dodds).
Com esse novo esquema de crenças, o homem via pela primeira vez contraporem-se em si dois princípios em contraste e luta: a alma (demônio) e o corpo (como tumba ou lugar de expiação da alma). Rompe-se assim a visão naturalista: o homem compreende que algumas tendências ligadas ao corpo devem ser reprimidas, ao passo que a purificação do elemento divino em relação ao elemento corpóreo toma-se o objetivo do viver.
Uma coisa deve-se ter presente: sem orfismo não se explicaria Pitágoras, nem Heráclito, nem Empédocles e, sobretudo, não se explicaria uma parte essencial do pensamento de Platão e, depois, de toda a tradição que deriva de Platão, o que significa que não se explicaria uma grande parte da filosofia antiga, como poderemos ver melhor mais adiante.
Uma última observação ainda se faz necessária. Os gregos não tiveram livros sacros ou considerados fruto de revelação divina. Consequentemente, não tiveram uma dogmática fixa e imutável. Como vimos, os poetas constituíram o veículo de difusão de suas crenças religiosas. Além disso (e esta é uma outra consequência da falta de livros sagrados e de uma dogmática fixa), na Grécia também não pôde subsistir uma casta sacerdotal custódia do dogma (os sacerdotes tiveram escassa relevância e escassíssimo poder na Grécia, porque, além de não possuírem a prerrogativa de conservar dogmas, também não tiveram a exclusividade das oferendas religiosas e de oficiar os sacrifícios).
Essa inexistência de dogmas e de custódios dos dogmas deixou uma ampla liberdade para o pensamento filosófico, que não encontrou obstáculos do tipo daqueles que teria encontrado em países orientais, onde a existência de dogmas e de custódios dos dogmas iriam contrapor resistências e restrições dificilmente superáveis. Por isso, com razão, os estudiosos destacam essa circunstância favorável ao nascimento da filosofia que se verificou entre os gregos, a qual não tem paralelos na Antiguidade.
http://filosofia-bis.blogspot.com/2012/02/religiao-publica-e-os-misterios-orficos.html
Eu tento gostar do álbum Endless Forms Most Beautiful do Nightwish mas não consigo. Ele falhou em muitos pontos e o principal é a ausência da potente voz da Floor, deixando as músicas muito sem graça. Mas eu realmente gosto de muitas músicas do disco, como Weak Fantasy, Yours is an Empty Hope, Our Decades in the Sun, My Walden, Endless Forms Most Beautiful, Edema Ruh e The Greatest Show on Earth.
Acontece que a melhor música do disco não entrou pro disco! Sagan foi lançada no EP Élan, depois do álbum, como uma faixa B-side. Porque tiraram do disco a sua melhor música?
Sagan é uma homenagem a Carl Sagan, o renomado e já falecido cientista e divulgador científico que nos tem ajudado tanto a sair das trevas da religião e das pseudociências. É muito bonita, gostosa de ouvir e viciante e a letra da canção é linda:
Achamos que a banda ia corrigir os erros quando lançou o último disco, Human Nature... Mas decepcionou de novo com os mesmos erros. Human Nature está menos pior mas cometeu o mesmo erro de colocar uma de suas melhores faixas, Ad Astra, no disco 2 e não no disco principal, logo essa faixa que fala tão belamente sobre nossa casa, nosso lar, o Planeta Terra.