quarta-feira, 26 de julho de 2023

O filme da Barbie: uma porcaria burguesa e neoliberal

 A cara que a personagem Sasha fez ao conhecer a Barbie na escola foi minha cara o cinema todo vendo essa bosta de filme. Que ódio de ter gastado dinheiro nessa merda.



Eu desconfio totalmente da capacidade cognitiva de alguém que tenha gostado desse filme. Pior ainda se a pessoa se diz de Esquerda, porque o filme é um ode ao Neoliberalismo.

Concordo com todas as críticas aos homens, mas o filme é perverso em tantos níveis que nem sei por onde começar.

Trata-se de uma tentativa de atualizar a Barbie para o século XXI. O filme tenta simplesmente JUSTIFICAR O CONSUMISMO com a desculpa de que nós fomos tolos esse tempo todo e não entendemos que a Barbie não é pra objetificar a mulher e criar um padrão, mas sim para que cada criança criasse sua própria história, que cada mulher fosse dona de seu destino e usasse sua imaginação para ir além... Bonito, muito bonito, mas nós sabemos que isso é mentira. Barbie foi criada como Marilyn Monroe. Assistam ao vídeo MARILYN MONRE E JESUS CRISTO da Senhorita Bira e vocês verão quem é a Barbie, o que é Barbie e o que ela realmente representa para o Ocidente:




Barbie é a Marilyn Monroe. É a feminilidade COMPRADA, CONSUMIDA. Estamos no capitalismo, gente! Tudo é comprado, até ser mulher agora é comprado.

Não se sinta mal comprando Barbie. Ela significa a liberdade da mulher contra o machismo! Ela não está impondo um padrão de beleza, imagina! Vocês entenderam errado...

Os homens no filme são reduzidos a idiotas que assediam. Até mesmo os gays são retratados como idiotas que assediam, numa cena do Ken e da Barbie andando na praia. Até os gays são estereotipados como idiotas.

A Barbie Mulher Trans não tem identidade e se submete ao universo da Barbie Barbie (a principal), como se o papel dela fosse simplesmente enaltecer o consumo de Barbies. Veja, você pode COMPRAR uma Barbie trans, não tem problema algum. É claro que não tem problema, mas a boneca trans não faz mais nada no filme além de servir de suporte à Barbie Barbie. Não fez sentido algum aquela boneca ali.

A única hora em que aparecem TRABALHADORES no filme eles estão assediando a Barbie e falando coisas nojentas. São os pedreiros no canteiro de obras. Não há faxineiros, atendentes, vendedores no filme! A classe trabalhadora simpelsmente NÃO EXISTE NEM NO MUNDO DAS BARBIES, NEM NO MUNDO REAL (A Barbie foge do mundo das barbies e vem para o mundo real). Mas o mundo real do filme de real não tem nada. As mulheres são completamente deslocadas da classe trabalhadora!

As personagens latinas são mulheres chatas de classe média. A mulher pobre dos EUA não existe e a classe trabalhadora menos! Não sei se vocês conseguiram perceber a maliginidade disso. O filme trata a classe pobre e trabalhadora como simplesmente inexistente nos EUA. Enaltece a vida fútil e estúpida do americano de classe média que agora é militante feminista e pode consumir suas Barbies em paz porque agora Barbie tem um novo significado. Pior, coloca latinas nesse papel de americano médio estúpido justamente para desconectar a população latina de sua origem trabalhadora e se identificar artificialmente com o americano médio, destruindo assim as bases da luta socialista.

O filme deixa claro: o inimigo é o sexo masculino, não a burguesia. A criadora da Barbie, uma velha hipócrita e mentirosa, não é vilã. A fábrica dela não explora os trabalhadores nem destroi o meio ambiente com seus plásticos. Não, o vilão é o Diretor da Mattel e seus auxiliares que, se vocês não sabem, são empregados!

Enfim, o filme é uma ode ao Neoliberalismo e ao consumo, tenta limpar a imagem da Barbie com as mulheres, rebaixa homens, gays e trans a meros fantoches e coadjuvantes, ataca a classe trabalhadora e faz uma sutil lavagem cerebral de que o consumo de massa não é ruim se você forçar militância identitária nele. A classe trabalhadora não existe e quando existe é um bando de homem assediador.

O único ponto positivo do filme é o deboche ao homem branco tentando aprender espanhol pra se comunicar com a esposa e a filha, foi a única cena que me fez rir e que fez uma crítica interessante à sociedade americana, o resto todo do filme é uma enorme caçamba de lixo.

Eu estava sentado do lado de duas crianças e uma adolescente. A adolescente e o menino do meu lado pegaram o celular e começaram a mexer até o filme acabar. As mães começaram a fofocar e a sair da sala pra comprar comida. O filme é TÃO RUIM, MAS TÃO RUIM QUE NEM AS CRIANÇAS GOSTARAM.

Sobre as críticas aos tiozões conservadores que estão revoltados: eles esperavam o quê? Uma barbie camponesa medieval católica analfabeta e morta de fome com 11 filhos rezando pelo marido e pelos filhos que foram pras cruzadas matar cátaros e muçulmanos? Ora, estamos no mundo da Burguesia. O filme prega os valores burgueses, não cristãos. Tanto os tiozões bolsonaristas que odiaram o filme estão errados quanto quem gostou dessa bosta também está.

Não perca seu tempo assistindo. Vai por mim, o filme é uma merda.

Nenhum comentário:

Postar um comentário