Meu comentário: os Ensinamentos Autoritário formam mais um tratado especial da bíblia de Nag Hammadi: o mito gnóstico e contado da forma clara, a forma que era explicada em segredo aos membros da Igreja Gnóstica de Jesus, tal como Jesus explica em Evangelho de Maria Madalena, Evangelho de Felipe, Evangelho de Tome, Pistis Sophia e outros mestres do cristianismo como em Ensinamentos de Silvanus e A Exegese da Alma. E uma versão "ortodoxa" e "católica" do gnosticismo, feita para não chocar os cristãos inferiores que estavam entrando para a Igreja Gnóstica (os catolicos, fieis da seita de roma que se arrogava a unica igreja verdadeira já no inicio do cristianismo). Mas parece que esses ensinamentos eram secretissimos, visto que nenhum heresiologista cita esse tratado: só era usado como catequese dentro de uma Igreja Gnóstica e logo os fieis quebravam a ordem e espalharam esses Ensinamentos Autorizados entre os vários grupos gnósticos que discutiam entre si e trocavam experiências e doutrinas. Uma lida rápida e notamos que se trata do mais puro ensinamento dos Padres do Deserto e dos Hesicastas da Igreja Ortodoxa, alem claro do medioplatonismo escancarado e elementos de sabedoria psicológica Oriental que lembram as tradições da Yoga e do Advaita Vedanta hindu, sem falar no Budismo e no Hermetismo. Enfim, e uma jóia religiosa!
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O terceiro tratado do codice VI nao esta obviamente relacionado ao texto que o precede e ao proximo. E uma exposiçao altamente metaforica sobre a origem, a condiçao e o destino da alma. No referente ao seu conteudo, ha razoes suficientes para considerar o Ensinamento Autoritario como uma coletanea ou coleçao de varias explicaçoes sobre a origem, a queda e a vitoria da alma sobre o mundo material. Ha uma grande ruptura na pagina 25, 26, onde a narrativa retorna ao mundo do Pai onde ele, presumivelmente, teve o seu princcipio, sendo que da pagina 26, 20, em diante ha varias seçoes que contem declaraçoes na primeira pessoa do plural. Alem disso, uma quantidade variada de metaforas prolongadas e introduzida sucessivamente para explicar o mesmo fenomeno: a condiçao da alma no mundo, apesar de algumas metaforas essenciais, tais como aquelas sobre o alimento, a medicina e o relacionamento nupcial, ocorrerem em varias seçoes da obra. Algumas dessas metaforas sao extremamente comuns na literatura da era helenistica romana, isto e, o noivado e a vida como um torneio atletico, no entanto outras sao altamente distintas e sem paralelo quanto a sua elaboraçao cuidadosa, como por exemplo o pescacor e os comerciantes de corpos.
O Ensinamento Autoritario nao inclui o tipico mito cosmogenico gnostico - a menos que esteja indicado nas passagens do texto que estao faltando em alguma lacuna anterior - mas parece pressupor um Gnosticismo geral, isto e, uma visao dualistica anticosmica sobre o destino da alma no mundo material. Ha uma quantidade de paralelos no restante da Biblioteca de Nag Hammadi, notadamente em O Evangelho de Felipe, A Exegese da Alma, Ensinamentos de Silvano e os tratados hermeticos do Codice VI, assim como o Corpus Hermeticum. Nao ha indicaçao alguma no Ensinamento Autoritario, no entanto, que se trate de uma composiçao hermetica. E algo distintivamente diferente da literatura De Anima dos primeiros seculos cristaos, seja de Tertuliano (um dos primeiros Padres da Igreja romana) e suas fontes ou de Porfirio e Iamblichus (filosofos neoplatonicos), nesse sentido e totalmente nao-filosofico nas suas formas de expressao. A parte de umas poucas expressoes, tais como "evangelistas", "ouvindo a pregaçao" e outras similares, nao ha algo especificamente cristao no documento, como tambem nao ha traços de grande dependencia na especulaçao judaica, que geralmente encontramos em outros tratados da Biblioteca de Nag Hammadi.
Talvez haja uma pista, apesar de um pouco dissimulada, sobre sua origem na pagina 33, 4-34, 34, que contem uma polemica contra os insensiveis, os quais sao distinguidos tanto do nos, com os quais o autor se identifica, como dos pagaos, que sao mais ou menos desculpaveis no ambito da ignorancia. Pode-se pensar em cristaos repreendendo os judeus por sua falta de atençao na mensagem que foi pregada a eles, no entando, novamente nao ha alusao modesta alguma tanto na crença ou pratica crista quanto na judaica. Com enfase no carates malevolo do mundo material, na origem celestial da alma espiritual, no papel do conhecimento revelado com salvifico, o Ensinamento Autoritario parece ser uma obra gnostica, mas que carece um tom confiante, quase arrogante, que, inquestionavelmente, caracteriza os tratados gnosticos. A alma esta em perigo perpetuo de sucumbir ao "adversario" ou a falsa atraçao material e, consequentemente, ela deve manter uma vigilancia habil.
George W MacRae
Desde que George MacRae escreveu, varias tentativas tem sido feitas para se chegar a uma maior precisao quanto ao grupo responsavel por esse tratado. Alguns argumentam que eram de fato gnosticos, qaue expressaram o mito gnostico no tratado apenas na medida do possivel. Uma diferença fundamental pode ser observada entre os gnosticos e os cristaos tradicionais, onde e argumentado na pagina 33, 34, que os gnosticos "que buscam" se opoem aos cristaos "insensiveis" orientados pela fe e que "encontraram" um caminho em uma religiao de crença esteril. Outros acreditam que os platonistas medianos cristaos do sec II produziram o tratado. Eles dizem encontrar ecos variados em passagens do Novo Testamento, como tambem descobriram a doutrina platonica mediana das duas almas (espiritual e racional). Nenhuma dessas posiçoes basicamente antiteticas consegue fazer com que o texto a apoie de forma suficiente que nos faça abandonar a avaliaçao cuidadosa expressa por Geogr MacRae.
Douglas M. Parrot
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Ensinamentos Autorizados
[...] no céu [...] dentro dele [...] qualquer um aparecer [...] os céus escondidos [...] aparecerem, e antes dos aeons invisíveis (mundos) e inefáveis aparecerem. Destes, a alma invisível de honradez surgiu, sendo um membro companheiro, e um corpo companheiro, e um espírito companheiro. Esteja ela descendo, ou no Pleroma, ela não está separada deles, mas eles a vêem e ela olha para eles no mundo invisível.
Secretamente o noivo dela mandou vir. Ele apresentou para a boca dela para fazê-la comer como alimento, e ele aplicou a palavra nos olhos dela como um remédio para fazê-la ver com a mente dela, e perceber o parente dela, e aprender sobre a raiz dela, para que ela possa se agarrar ao ramo dela, do qual ela veio no princípio, para que ela possa receber o que é dela e renunciar a matéria.
[...] ele [habitou...] tendo [...] filhos. Os filhos [...] verdadeiramente, aqueles que vieram da semente dele, chamam os filhos da mulher de "nossos irmãos". Deste mesmo modo, quando a alma espiritual foi lançada dentro do corpo, ele se tornou um irmão da lascívia e do ódio e da inveja, e uma alma material. Então, portanto, o corpo veio da lascívia, e lascívia veio da substância material. Por esta razão a alma se tornou um irmão deles.
E por hora eles são estranhos, sem poder de herdar do Pai, mas eles herdarão apenas da mãe deles. Então, quando quer que a alma deseje herdar junto com os estranhos - pois as posses dos estranhos são paixões orgulhosas, os prazeres da vida, invejas detestáveis, coisas vangloriosas, coisas absurdas, acusações [...] por ela [...] prostituição, ele a exclui e coloca ela dentro de um bordel. Pois [...] devassidão para ela. Ela deixou a modéstia para trás. Pois a morte e a vida são colocadas diante de cada um. Quaisquer desses que eles desejarem, portanto, eles escolherão para si mesmos.
Aquela então irá cair em bebedeira de muito vinho em devassidão. Pois vinho é o depravador. Por isso ela não se lembra dos irmãos dela e do pai dela, pois prazer e proveitos doces iludem ela.
Tendo deixado a sabedoria para trás, ela caiu em bestialidade. Pois uma pessoa insensata existe em bestialidade, desconhecendo o que é correto dizer e o que é correto não dizer. Mas, por outro lado, o filho gentil herda do pai dele com prazer, enquanto o pai dele se alegra por ele, porque ele recebe honra a respeito dele de todos, ao que ele olha de novo por um meio de duplicar as coisas que ele recebeu. Pois os estranhos [...].
[...] para misturar com o [...]. Pois se um pensamento de cobiça entra em um homem virgem, ele já se tornou contaminado. E a voracidade deles é incompatível com a prudência. Pois se a moinha se mistura com o trigo, não é a moinha que fica contaminada, mas o trigo. Pois já que eles estão misturados um com o outro, ninguém comprará o trigo dela, porque está contaminado. Mas eles irão levá-lo na conversa, "Dê-nos esta moinha!", vendo que o trigo está misturado com ela, até que eles consigam e joguem junto com toda a outra moinha, e a moinha se misture com todos os outros materiais. Mas uma semente pura é mantida em armazéns que são seguros. Todas estas coisas, portanto, nós conversamos.
E antes de qualquer coisa surgir, era o Pai somente quem existia, antes dos reinos que estão nos céus aparecerem, ou os reinos que estão na terra, ou poder supremo, ou autoridade, ou os poderes. [...] aparecer [...] e [...] E nada surgiu sem o desejo dele.
Ele, então, o Pai, desejando revelar sua abundância e sua glória, realizou esta grande competição neste mundo, desejando fazer os competidores aparecerem, e fazer todos aqueles que contendem deixarem para trás as coisas que surgiram, e desprezarem-nas com uma sabedoria imponente e incompreensível, e fugirem para Aquele Que Existe.
E (quanto) àqueles que disputam conosco, sendo adversários que disputam contra nós, nós seremos vitoriosos sobre a ignorância deles através da nossa sabedoria, já que nós já conhecemos O Inescrutável de quem nós viemos. Nós não temos nada neste mundo, a fim de que a autoridade do universo que surgiu não nos detenha nos domínios que estão nos céus, aqueles nos quais a morte universal existe, rodeada pelo individual [...] mundano. Nós também nos tornamos envergonhados dos seres do mundo, embora nós não nos interessamos por eles quando eles nos maldizem. E nós ignoramos eles quando eles nos xingam. Quando eles jogam vergonha na nossa face, nós olhamos para eles e não falamos.
Porque eles trabalham nos assuntos deles, mas nós prosseguimos com fome e com sede, anseando pela nossa morada, o lugar que a nossa conduta e a nossa consciência almeja, não nos prendendo às coisas que surgiram, mas nos afastando delas. Nossos corações estão determinados nas coisas que (realmente) existem, embora estejamos doentes (e) fracos (e) em dor. Mas há uma grande força escondida dentro de nós.
Nossa alma está de fato doente porque ela habita numa casa de pobreza, enquanto a matéria golpeia a vista dela, desejando cegá-la. Por esta razão ela procura a palavra e a aplica nos olhos dela como um remédio (abrindo) eles, livrando-se completamente [...] pensamento de um [...] cegueira em [...] posteriormente, quando aquele está novamente na ignorância, ele é completamente escurecido e é material. Deste modo a alma [...] uma palavra a cada hora, para aplicá-la nos olhos dela como um remédio para que ela possa enxergar, e a luz dela possa calar as forças hostis que lutam com ela, e ela possa cegá-las com a luz dela, e cercá-las na presença dela, e fazê-las cair em insônia, e ela possa agir bravamente com a força e com o cetro dela.
Enquanto os inimigos dela em desonra olham para ela, ela corre para cima adentro da sua casa de fortuna - aquela na qual a mente dela está - e dentro do seu armazém que é seguro, já que nada dentre as coisas que surgiram capturou ela, tampouco ela recebeu um estranho dentro da casa dela. Pois muitos são os que nasceram na casa dela que lutam contra ela de dia e de noite, não tendo descanso de dia nem de noite, pois a lascívia deles os oprime.
Por esta razão, então, nós não dormimos, nem nos esquecemos das redes que estão estendidas e escondidas, esperando sorrateiramente por nós para capturar-nos. Pois se nós somos capturados por uma única rede, ela irá nos sugar para baixo adentro de sua boca, enquanto a água transborda sobre nós, batendo em nossa face. E nós seremos levados para baixo, dentro da rede varredoura, e nós não seremos capazes de emergir dela, porque as águas estão altas sobre nós, fluindo de cima para baixo, submergindo nosso coração dentro da lama imunda. E nós não seremos capazes de escapar deles. Pois devoradores de homens irão nos capturar e nos engolir, se alegrando como um pescador jogando um anzol dentro da água. Pois ele lança muitos tipos de comida dentro da água porque cada um dos peixes tem o seu próprio alimento. Ele sente o cheiro e segue o odor. Mas quando ele come, o anzol escondido dentro da comida fisga ele e puxa ele para cima com força para fora das águas profundas. Nenhum homem é capaz, portanto, de pegar esse peixe dentro das águas profundas, exceto pela armadilha que o pescador faz. Pelo artifício da comida ele trouxe o peixe para cima no anzol.
Deste mesmo modo nós existimos neste mundo, como peixes. O adversário nos espia, esperando sorrateiramente por nós como um pescador, desejando capturar-nos, se alegrando que ele possa nos engolir. Pois ele coloca muitas comidas diante dos nossos olhos, (coisas) que pertencem a este mundo. Ele deseja fazer com que nós queiramos uma delas e provemos só um pouco, para que ele possa nos capturar com seu veneno escondido e levar-nos para fora da liberdade e para dentro da escravidão. Pois quando quer que ele nos pegue com uma única comida, é de fato necessário que desejemos o resto. Finalmente, então, tais coisas se tornam a comida da morte.
Agora estas são as comidas com as quais o demônio tenta nos emboscar. Primeiro ele injeta uma dor no seu coração até que você tenha ansiedade por uma coisa pequena desta vida, e ele te captura com os venenos dele. E em seguida ele injeta o desejo por uma túnica, para que você se vanglorie dentro dela, e amor por dinheiro, orgulho, vaidade, inveja que rivaliza outra inveja, beleza do corpo, fraudulência. As maiores de todas elas são ignorância e despreocupação.
Agora todas estas coisas o adversário prepara graciosamente e espalha diante do corpo, desejando fazer a mente da alma incliná-la para uma delas e oprimí-la, como um anzol, atraindo ela pela força para a ignorância, enganando ela até que ela conceba o mal, e gere fruto da matéria, e conduza a si mesma na impureza, procurando muitos desejos, cobiça, enquanto prazeres carnais a atraem para a ignorância.
Mas a alma - ela que provou destas coisas - percebeu que as paixões doces são transitórias. Ela aprendeu sobre o mal; ela abandonou eles e entrou numa nova conduta. Subsequentemente ela despreza esta vida, porque é transitória. E ela procura pelas comidas que lhe trarão para a vida eterna, e deixa para trás de si aquelas comidas enganosas. E ela aprende sobre a luz dela, ao que ela vai se despindo deste mundo, enquanto a vestimenta verdadeira dela veste-a por dentro, (e) a roupa nupcial dela é colocada sobre ela em beleza da mente, não em orgulho da carne. E ela aprende sobre a profundidade dela e corre para dentro de seu envoltório, enquanto o pastor dela espera na porta. Em recompensa por toda a vergonha e escárnio, então, que ela recebeu neste mundo, ela recebe dez mil vezes em graça e glória.
Ela devolveu o corpo para aqueles que o haviam dado para ela, e eles se envergonharam, enquanto os negociantes de corpos sentaram e choraram porque eles não foram capazes de fazer qualquer negócio com aquele corpo, nem eles encontraram qualquer outro produto exceto ele. Eles aturaram grandes trabalhos até terem formado o corpo e sua alma, desejando derrubar a alma invisível. Eles ficaram, portanto, envergonhados do trabalho deles; eles sofreram a perda daquele pelo qual eles aturaram trabalhos. Eles não perceberam que ela tem um corpo espiritual invisível, achando, "Nós somos o pastor dela que a alimenta." Mas eles não perceberam que ela conhece outro caminho, que está escondido deles. Este o pastor verdadeiro dela ensinou a ela em sabedoria.
Mas estes - aqueles que são ignorantes - não buscam a Deus. Nem eles investigam sobre a morada deles, que existe em descanso, mas eles perambulam em bestialidade. Eles são mais perversos do que os pagãos, porque, em primeiro lugar, eles não investigam sobre Deus, pois a dureza do coração deles os atrai para baixo para fazerem suas crueldades. Além disso, se eles encontram outra pessoa que pergunta sobre sua salvação, a dureza do coração deles começa a trabalhar sobre aquela pessoa. E se ele não pára de perguntar, eles matam ele pela crueldade deles, achando que eles fizeram uma coisa boa para si mesmos.
De fato, eles são filhos do demônio! Pois até mesmo os pagãos fazem caridade, e eles sabem que o Deus que está acima dos céus existe, o Pai do Todo, elevado acima dos ídolos deles, os quais eles veneram. Mas eles não ouviram a palavra, que eles deveriam investigar sobre os caminhos dele. Deste modo o homem insensato ouve o chamado, mas ele é ignorante a respeito do lugar ao qual ele foi chamado. E ele não perguntou durante a pregação, "Onde é o templo no qual eu devo ir e cultuar a minha esperança?"
Por causa de sua insensatez, então, ele é pior que um pagão, pois os pagãos sabem o caminho para ir até o templo de pedra deles, que irá perecer, e eles cultuam o ídolo deles, enquanto os corações deles estão determinados nele por causa da esperança deles. Mas para este homem insensato a palavra foi pregada, ensinando a ele, "Busque e investigue sobre os caminhos que você deve ir, já que não há nada tão bom quanto isto." O resultado é que a substância da dureza do coração dá um golpe na mente dele, junto com a força da ignorância e o demônio do erro. Eles não permitem que a mente dele se eleve, porque ele estava se fatigando na busca para que ele pudesse aprender sobre sua esperança.
Mas a alma racional que também se fatigou buscando - ela aprendeu sobre Deus. Ela trabalhou investigando, suportando aflições no corpo, desgastando o pé dela atrás de evangelizadores, aprendendo sobre O Inescrutável. Ela encontrou sua ascensão. Ela veio a repousar naquele que está em repouso. Ela se reclinou na câmara nupcial. Ela comeu do banquete pelo qual ela tinha fome. Ela compartilhou do alimento imortal. Ela encontrou o que ela procurava. Ela recebeu descanso dos trabalhos dela, visto que a luz que brilha adiante sobre ela não diminui. A isto pertence a glória e o poder e a revelação para todo o sempre. Amém.
Ensinamento Autoritario

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