quarta-feira, 19 de novembro de 2025

Troma Nagmo Chod: prática de origem Maniqueísta no Budismo Tibetano

"Os ensinamentos de Bon teriam sido revelados por Tonpa Shenrab, que substitui Sidhartha como o Buda da seita Bonpo do Tibete. Sua origem é dita ser do oeste ao norte do Tibete ocidental, trazida por sacerdotes vestidos de branco de terras persas. Esta lenda do Bon é uma ressignificação da introdução do Maniqueísmo no Tibete vindo da Pérsia, e a lenda de Tonpa Shenrab é uma reformulação do profeta Mani misturado com um sacerdote Bon chamado Shinrab Miwo, que estava ativo no Tibet na época em que o budismo estava sendo introduzido lá da India. Tanto a religião Jainita quanto a Bon usam o símbolo da suástica, e esse uso sem dúvida tem origem numa mesma fonte - a suástica usada pelos Yuezhi, o "Povo da Lua' (um povo indo-europeu de características indo-citas e iranianas - uma das tribos desse povo eram os Kush que fundaram o Império Kushana, no qual o Budismo Mahayana e o Gnosticismo prosperaram).









O ritual do Chod é uma das várias práticas e ensinamentos que caracterizam o Tantra tibetano (Budismo Tibetano) e não possuem paralelos fora do Vajrayana. Nem em outros ramos Mahayana nem no budismo Theravada há práticas similares.

Junto com Chod, são várias e várias doutrinas e ensinamentos do budismo tibetano que não são originalmente budistas (na verdade são consideradas HERESIAS contrárias ao budismo pelo ramo mais antigo budista do Theravada) mas tem origem gnóstica cristã e chegou ao Tibet através da conversão dos tibetanos adeptos do xamanismo indígena (Bon Primitivo) para o Maniqueísmo (Bon Antigo):

- O conceito e as práticas de Dzogchen (A Grande Perfeição) é um conceito claramente gnóstico. A busca da Perfeição como o Estado Original Primevo do Ser Humano é vista não só em todos os textos gnósticos, muito anteriores ao budismo tibetano, mas também no nome dos monges gnósticos: Eleitos, Perfeitos, Espirituais, eram denominações para àqueles iniciados nos mistérios das Igrejas Gnósticas e que tinham alcançado um Conhecimento (Gnosis) perfeito. Dzogchen pode ser traduzido como Gnose, tendo em vista que a Grande Perfeição só é entendida quando experimentada e realizada;

- O conceito das Cinco Grandes Luzes, emanadas de uma Raiz Divina ou emanadas de um dos 3 membros de uma Trindade Divina, que já falamos aqui no blog nessa postagem https://gnosedesi.blogspot.com/2018/05/maitreya-cristo-cosmico-budismo.html e iremos falar mais em outras postagens. Esse esquema (mandala) básico em que Deus se apresenta emanando geralmente 5 Grandes Aspectos é algo que os gnósticos emprestaram da religião Ariana pré-zoroastriana e do próprio Zoroastrismo, visto que Zoroastro ensinou que Ahura Mazda emanou 5 Grande Anjos ou Deuses que são Aspectos dele mesmo, os 5 Amesha Spentas (na verdade são 6 Amesha Spentas no Zoroastrismo, mas antes na cultura e religião pré-zoroastriana o sistema básico das divindades era uma Pêntada (Grupo de Cinco), iremos falar sobre isso em outras postagens - a antiga religião Ariana pré-zoroastriana é dividida modernamente em dois ramos: Cultura Simorguiana e Mitraísmo, não o mitraísmo romano  mas o antigo mitraismo indo-ariano). O zoroastrismo foi uma forte influência não só no Maniqueísmo mas no judaísmo, cristianismo e em todas as igrejas gnósticas, aparecendo como referência até no Apócrifo de João, o mais importante texto gnóstico (há uma referência e citação na versão longa encontrada deste Evangelho de um 'Livro de Zoroastro');

- Crença, adoração e invocação de um panteão de Divindades (Yidams, palavra que significa Mente Sagrada) bem como a prática do Devata Yoga. As Divindades no budismo tibetano representam poderes internos, capacidades, características da Natureza Original de Buddha e aspectos supra-existenciais que todos temos. Ora, essa prática é egípcia e gnóstica. Lemos nos poucos relatos dos médio e neoplatônicos egípcios como Plutarco e Jamblico que os cultos de mistério egípcios cultivavam esse tipo de prática religiosa. E em várias fontes egípcias há a crença de que Conhecer é fazer-se Um com aquilo, e constantemente os místicos e filósofos egípcios faziam exercícios místicos buscando se Unir com o objeto de sua busca para entendê-lo - essa crença básica era o fundamento dos graus mais elevados dos cultos de mistério egípcios. Os gnósticos cristãos aprenderam isso e espalharam pelo mundo. Personificar e fazer imagens dessas Divindades é um ótimo meio para fazer o Iniciado se esforçar nos exercícios e conseguir se identificar e se Unir Misticamente à Ideia que está sendo invocada, logrando êxito no caminho espiritual. Uma religião sem imagens e ritos é infinitamente mais propensa a não transformar o indivíduo e acabar sendo inócua.

- A fabricação e o uso de MANDALAS no Tibet também tem origem gnóstica. Esses esquemas, quadros esquemáticos que são as Mandalas são citados como sendo criações dos cgnósticos Ofitas por Orígenes de Alexandria na sua obra Contra Celso. Nesse livro, Orígenes contra-ataca e busca refutar o filósofo grego Celso que havia escrito um livro contra os cristãos chamado "A Verdadeira Palavra", livro perdido que se encontra parcialmente citado dentro de Contra Celso por Orígenes. Em uma das passagens, Celso ataca os cristãos Ofitas citando rituais que eles faziam e certos DIAGRAMAS que eram produzidos por eles nas suas Igrejas, diagramas esses usados nos rituais religiosos em que buscavam salvar a Alma. Estes Diagramas Ofitas foram reconstruídos modernamente de acordo com as explicações de Celso e Orígenes e podem ser encontrados facilmente pela internet. Outros diagramas foram encontrados em uma obra gnóstica chamada Os Livros de Jeú, reencontrados no Códice Bruce. Esses diagramas são muito parecidos com as Mandalas tibetanas. Na verdade parecem ser realmente formas primitivas de Mandalas. Parecem também ser as formas primitivas da Árvore da Vida da Kabbalah. O fato desses diagramas não serem encontrados entre os judeus antes de Cristo mas entre os cristãos gnósticos no século 2 mostra que tanto o sistema das Sephirot da Kabbalah quanto as Mandalas do Tibet tem origem cristã-gnóstica-egípcia.

- A crença em um Adi-Buddha (BUDA PRIMORDIAL). Essa doutrina deriva clara e obviamente da Teoria das Ideias de Platão. Nós já estudamos que Platão aprendeu dos Egípcios que tudo no mundo material não foi criado antes que existisse a Forma Ideal e Perfeita de cada coisa que nós vemos no mundo. Assim, árvores existem porque numa região "inferior" do Mundo das Ideias existe a Ideia Inteligível de Árvore, a Árvore Perfeita e Ideal, a Árvore Primordial, sendo as árvores desse mundo apenas cópias que tentam se parecer o máximo com a original. No mito gnóstico clássico barbelonita-setiano nós temos a figura que inspirou o Buda Primordial, que é o Primeiro Ser Humano (também chamado Adão Primordial, Adão de Luz, Adão Celestial, Primeiro Homem, Homem Primitivo). Ele é exatamente o que posteriormente será chamado Adam Kadmon da Kabbalah. O Profeta Mani, mais que outros gnósticos, vai expandir enormemente o mito gnóstico clássico e acrescentar uma série de seres primordiais, inclusive um Cristo Primordial que ele denomina Jesus Esplendor ou Jesus Luminoso. Ao analisar a doutrina de Mani e os textos reencontrados podem ser distinguidos 5 aspectos de Jesus que são emanações de Jesus Esplendor: 2 principais que são Jesus Patibilis (Jesus Sofredor) e Jesus Histórico (Messias). Os outros 3 são o Jesus Ressuscitado ou Escatológico, Jesus a Criança e Jesus a Lua ( Jesus Esplendor identificado alegoricamente com a Lua como uma carruagem que leva as Almas para o Pai). Além disso, todo ser humano possui uma Natureza Original Primordial Divina, que no gnosticismo é Sophia (Sabedoria), e no Tibet é a Natureza de Buddha. Essa doutrina é uma das mais claras doutrinas gnósticas que os budistas do Tibet assimilaram do Maniqueísmo e lamentavelmente dizem que isso é budismo, quando é um plágio descarado do Gnosticismo Cristão.

- A ênfase na vida após a morte que faz a religião ser uma preparação para a morte como vemos no livro tântrico tibetano Bardo Thodol é também de origem gnóstica. No xamanismo não há essa percepção dualista da vida como preparação para a morte. Isso é gnóstico e tem origem egípcia mas foi enormemente expandido e desenvolvido pelos gnósticos judeus e cristãos. Ireneu em Contra as Heresias relata um ritual de Redenção para moribundos composto de rezas e invocações no leito de morte para que a Alma ao passar pelos Principados e Potestades (Arcontes) após a saída do corpo não seja agarrada por eles ( já falamos disso aqui no Blog, se chama Doutrina dos Pedágios Celestes ou Pedágios da Alma ou Pedágios Aéreos na Igreja Ortodoxa) e ataca essas doutrinas como heréticas e gnósticas mas a igreja católico-ortodoxa hoje aceita isso no maior descaramento como se isso algum dia tivesse sido ortodoxo... No ritual o doente deve recitar certas orações e frases e é ensinado o que ele deve fazer e falar com os arcontes quando for passando pelos Espaços Invisíveis em vários níveis, nos quais encontra arcontes do Mal e do Bem, e pode se encontrar com Sophia e até mesmo o Pai, a Mãe e outros Aeons. Isto é explicado por Orígenes em Contra Celso a respeito de rituais dos Ofitas para ascensão da Alma após a morte, quase o mesmo ritual mas com outros atos e orações. A mesma doutrina é apresentada em vários textos gnósticos como o Primeiro e o Segundo Apocalipses de Tiago, Apócrifo de João, e com uma imensa riqueza de detalhes em Pistis Sophia. E a mesma doutrina e básica no Bardo Thodol tibetano que descreve o que a Alma vê após a morte e como não se deixar enganar pelas ilusões que aparecem e como seguir para a Clara Luz.

- Ênfase na Luz como uma forma humana de explicar com o sentido da visão o que é a Verdade, o Ser, Deus, que advém das experiências místicas. O tantra ensina que a única Verdade é a Clara Luz. O categoria Luz é extensivamente e intensivamente usada nos textos gnósticos, onde se diz que o objetivo da Alma é se fundir à Luz Pura, da qual todos viemos. Não existe outra tradição que dê tanto e exagerado valor à Luz como sendo ai Verdadeira Existência, o Absoluto e Deus como no gnosticismo. E dentro do Budismo é o Tibetano que dá a mesma ênfase.

- A organização eclesiástica principalmente na HIERARQUIA do Budismo Tibetano, como por exemplo a escola Gelugpa e seus Lamas e Dalai Lamas, as escolas Kagyu e Karma Kagyu com seu Karmapa e etc, é diferente de todos os outros ramos do budismo, mas é IDÊNTICA à Hierarquia do Maniqueísmo, no qual Mani deixou ainda em vida como sucessor um Patriarca (Mar Ammo foi o primeiro sucessor de Mar Mani) que representa os Maniqueístas de todo o mundo - catolicismo romano copiou isso pois antes de Roma se separar das outras sés as igrejas católico-ortodoxas possuíam vários bispos e aqueles que eram bispos de grandes cidades possuíam proeminências, mas não havia um bispo superior a todos os outros nem um representante de todos eles. Já o Maniqueísmo claramente possui um Patriarca que foi escolhido pessoalmente por Mani para ser o líder da religião após a sua morte e uma hierarquia de sacerdotes, monges e leigos, e isso foi fundamentado por Mani ainda vivo bem antes de Roma plagiar e no seu papado.

- A doutrina tântrica de que todas as experiências, inclusive os maus sentimentos,  pensamentos e acontecimentos, podem ser usados e transmutados para o crescimento espiritual também é algo de origem gnóstica que não é budista mas foi enviado a Índia virando o Tantra hindu e depois chegou ao Tibet virando o Bon. Essa doutrina aparece atacada de forma totalmente deformada pelo preconceito e ignorância de Ireneu em Contra Heresias que fala dela no tópico sobre o mestre gnóstico Carpócrates e sua discípula Marcelina que criaram sua própria Igreja. Ireneu e os católicos do século 2 abominam o uso de imagens e nesse capítulo diz que Carpócrates usava uma imagem pintada, ou seja, um ícone do rosto de Jesus Cristo que tinha sido feito por Pilatos quando Jesus ainda estava vivo e que os carpocracianos coroam essas imagens, colocam elas junto de filósofos como Pitágoras, Platão e Aristóteles e prestam homenagens a elas. Epifanio de Salamina em Contra Heresias no capítulo sobre várias seitas parecidas que se autodenominavam de gnósticos (ao invés de outras que não se denominavam assim) inventa um monte de absurdos e mentiras que não tinham sido ditos por outros perseguidores e inventa certos rituais de sacramentalismo sexual, onde até menstruação e sêmen eram ingeridos, e depois feitas orgias e que os homens eram todos homossexuais e que fetos eram abortados e comidos na eucaristia e outras loucuras - e a principal regra seria a proibição de que o homem ejacule dentro da vagina pois a procriação era proibida. É unânime na academia que Epifanio plagiou sem dar crédito de vários heresiologistas como Ireneu e Hipólito as coisas que escreveu e que, mais ainda, inventou um monte de coisas que não condizem com os textos que essas pessoas que supostamente cometem orgias sexuais e comem fetos abortados escreveram - ele cita vários reencontrados, e são textos belíssimos de uma poesia digna dos maiores mestres espirituais do mundo. E no entanto heresiologistas anteriores não relatam essas coisas horríveis DOS MESMOS GRUPOS CITADOS. 

A única explicação é que os gnósticos citados devem ter criado as práticas do Tantra para os fiéis, entre as quais existe no Tibet e é explicada no Kalachakra Tantra, um texto sagrado do Tantra tibetano onde é ensinada uma prática de meditação durante o ato sexual onde deve-se evitar a emissão do sêmen... Mais uma coisa que parece ter sido criada pelos gnósticos e foi levada pelos Maniqueístas para o Tibet. Epifanio, não entendendo essas práticas, ignorante e avarento de posições sociais elevadas ante o Imperador como era, deve ter tentado ser alguém grande para o Império Romano Cristão e arranjado aí uma bela oportunidade de alcançar fama e sucesso sendo O PRIMEIRO a denunciar os horríveis crimes secretos dos gnósticos homossexuais e comedores de feto na eucaristia... Que a maioria absoluta dos grupos gnósticos não fazia discriminação contra homossexuais é verdade, agora os horrendos rituais descritos por Epifanio são uma novidade imensa. E os mesmos rituais são praticados quase 10 seitas diferentes, e só ele descobriu tudo isso... Bentley Layton na seu livro As Escrituras Gnósticas da Editora Loyola faz um prefácio a cada texto gnóstico que selecionou e no livro coloca os capítulos 25 e 26 de Contra as Heresias (Panarion) de Epifanio de Salamina, justamente os capítulos a respeito das várias igrejas que se autodenominavam de Gnósticas mas possuindo cada uma sua própria denominação. Nesse prefácio ele diz:

"Histórias sobre seitas cristãs sexualmente depravadas não eram desconhecidas na antiguidade. Já desde Ireneu, os escritores antignósticos ocasionalmente comentavam sobre seitas libertinas, algumas das quais até se chamavam de "gnósticos", isto é, "pessoas capazes de conhecimento" (deve-se lembrar que, na linguagem do Antigo Testamento, "conhecer ou obter conhecimento" poderia ser um eufemismo para relação sexual). É difícil julgar a veracidade e justiça desses relatos polêmicos.(...) O suposto comportamento licencioso da seita parece difícil de se justificar ou explicar com base na teologia descrita aqui (..) De qualquer forma, não há motivo para se admitir que esta seja uma descrição típica do cristianismo gnóstico"..

Ou seja, esses relatos não são dignos de crédito porque destoam das doutrinas contidas nos próprios textos gnósticos usados pelos membros das igrejas e da própria teologia apresentada por Epifanio e outros heresiologistas. E a ausência de ataques dos Muçulmanos, Budistas, Zoroastrianos e outros povos contra estes mesmos gnósticos e essas mesmas práticas e seitas e o absoluto NADA EXISTENTE REFERENCIANDO ESSAS PRÁTICAS nos mesmos locais é uma coisa impressionante pois o tal Epifanio de Salamina é a única pessoa do universo que teve acesso a isso, mesmo os gnósticos tendo sobrevivido por tanto tempo no mundo islâmico, na Índia e na China até hoje...

ATENÇÃO!!! OBSERVAÇÃO: Uma coisa importante é notar que falsas seitas "gnósticas" que na verdade são plágios descarados e porcamente mal feitos de doutrinas de Rosacruz, Gurdjieff, Helena Blavatsky, Ouspensky e etc, estão pregando por aí que a evolução espiritual tem a ver com a pratica do "sexo tantrico". Essa criatura vagabunda e desgraçada se chama Samael Aun Weor (não poderia vir algo bom de alguém cujo nome significa Deus dos Cegos e é um dos nomes do Demiurgo Yaldabaoth, que representa o aspecto egóico e animalesco da natureza humana), o criador dessas seitas ridículas que plagiam tudo de Krishnamurti, do Bardo Thodol, Eliphas Levy, Aleister Crowley e tudo quanto é livro e personalidade e autor... Esse velho demente e doente quase, QUASE me fisgou para seu plágio ambulante que chama de religião. Eu cheguei a postar aqui no blog trechos de obras dessa criatura vil mas graças a Deus descobri a Verdade e estou retirando tudo. Em nenhum momento o Tantra afirma que é obrigatório para os casais praticar os tipos de meditação que são prescritas, mas isso se feito de forma correta ajuda muito no relacionamento do casal, impedindo a traição, o adultério, a fornicação e a objetificação do parceiro como um mero objeto sexual, pois como já dito todas as coisas da vida podem ser transformadas em práticas espirituais e ajudar na evolução do indivíduo. Ninguém precisa de praticar tantrismo sexual pra "evoluir", isso é ridículo. Sacramentalismo sexual existe há muito tempo na história da humanidade em vários povos e culturas bem antigas. A maioria absoluta dos grandes mestres espirituais e filósofos nunca praticou isso pra manifestarem as virtudes divinas e ajudarem na iluminação e desenvolvimento humanos. Cuidado! A gnose está na BIBLIOTECA DE NAG HAMMADI, NOS CÓDICES REENCONTRADOS COMO O CODICE BRUCE, CODICE ASKEW, CODICE MANI DE COLOGNE, CODICE TCHACOS, CODICE DE BERLIM! Não está em escritores modernos que fantasiam, sonham e mentem sobre o que é gnosticismo! GNOSTICISMO foi um movimento histórico que existiu em um determinado tempo histórico e produziu literatura nesse tempo histórico. Qualquer escritura que não concorde, que não derive ou que não esteja de acordo com o que está descrito nesses textos antigos é falso!!! Irmãos leitores do blog, eu peço não por vaidade até mesmo porque não ganho nada com isso, mas tenho muito a perder se for culpado pelo desvio de vocês para caminhos tortuosos do Mal. Eu peço irmãos que rejeitem tudo o que diz respeito a um tal Viracocha (que não é o deus inca), relacionado ainda a Huiracocha, Arnold Krum-Heller, Samael Aun Weor, Eliphas Levy, Aleister Crowley, nem qualquer outra pessoa ou instituição, seita, escola, culto etc que se autodenomine gnóstico mas ao invés dos Evangelhos Gnósticos usa tarot, viagem astral, loja branca, ocultismo, invocação de entidades estranhas, fala coisas estranhas que não tem nada a ver com os evangelhos gnósticos mas são bizarrices ocultistas e new age da idade moderna e contemporânea. Por favor, não se misturem com essas coisas porque elas NÃO SÃO GNÓSTICAS! Não leia, não procure saber, não ande com essas pessoas, porque eles vem usando o nome "gnose" pra chamar as coisas estranhas que não tem nada a ver com as igrejas do cristianismo primitivo. Cuidem-se, não se deixem levar por qualquer paspalhão ou esquisitice "esotérica"!

Enfim, voltando ao tema, toda essa complexa filosofia e cosmogonia não é originalmente budista, tanto que não existem fora do Budismo Vajrayana, seja o tibetano seja o japonês.

Muitos estudiosos dizem que essas práticas esotéricas que caracterizam o Budismo Tibetano e o diferenciam do Mahayana e do Theravada são de origem Bon e foram sendo expandidas pelos budistas no Tibet. O Bon é como foi chamado o Xamanismo, a religião que existia no Tibet quando no século VIII missionários da Índia levando o Mahayana, com eles se depararam. SÓ QUE o que eles chamam de Bon na verdade é MANIQUEÍSMO, Gnosticismo Cristão sincretizado com elementos Bon, não é Xamanismo Bon! Ora, esses conceitos não possuem paralelos com xamanismos da ásia, nem da américa ou da áfrica... Mas algumas dessas práticas e suas doutrinas são descritas e citadas pelos Padres da Igreja e pelos Códices de Nag Hammadi como sendo doutrinas e práticas dos cristãos gnósticos!

Já falamos aqui https://gnosedesi.blogspot.com/2018/09/o-evangelho-de-mani-descoberta-dos.html que autores árabes testemunharam que o Tibet, os Turcos e os povos ao longo da Rota da Seda que vai da China à Pérsia haviam se convertido em sua maioria ao Maniqueísmo. Devido a pressões dos governantes, parece que os Tibetanos preferiram se converter ao Budismo para não entrar em conflito, porém forçando as suas práticas maniqueístas, sem abandoná-las, legitimando-as e perpetuando-as no Tibet. Os missionários budistas indianos atacaram os maniqueístas dizendo que estavam falsificando o Budismo. Bom, parece que o Maniqueísmo venceu, pois o Budismo Tibetano se distanciou do Mahayana e mais ainda do Theravada, e em relação a este último nem parece que são a mesma religião. Seria como se comparássemos Presbiterianos com Católicos. Quem estuda o Theravada sabe que são inaceitáveis as práticas e crenças do Vajrayana.

Mas vamos ponto a ponto:

1 - A origem do Chod é atribuída a Machig Labdron, uma mulher professora, teóloga e Yogini (o feminino de Yogi, ou seja, praticante de Yoga) do Tantra tibetano. Dizem que veio de uma família Bon, ou seja, Maniqueísta. Ela é uma mulher. É raro no Budismo mulheres ocupando lugares de homens como mestras e professores. Mas não é raro no Maniqueísmo. Eusébio de Cesaréia, Agostinho e outros padres da igreja católica ortodoxa denunciam que missionárias maniqueístas viviam para "arruinar a muitos" principalmente no Egito, onde convertiam muitos católicos ao Maniqueísmo. Também no Egito surgiram as primeiras monjas católicas, as Madres do Deserto, imitando as Igrejas Gnósticas justamente  num dos países onde o Gnosticismo mais teve adeptos e onde o Maniqueísmo mais cresceu - de fato, foram encontrados no Egito coleções de Salmos e outros escritos maniqueístas cujos copistas assinam com nomes de Maria e Theona, femininos, e Jemnoute e Shenoute, masculinos. Maria é de origem hebraica, Theona grega e Jemnoute e Shenoute de origem egípcia. O católico ortodoxo Epifanio de Salamina em seu Panarion (Contra as Heresias) afirma que no Egito ficou chocado com a audácia das mulheres gnósticas que faziam proselitismo para suas igrejas e eram "atrevidas e audaciosas, tentando me seduzir para seus ensinamentos" demonstrando machismo e misoginia, pois segundo ele mulheres não podem ensinar e as que convertem homens somente o conseguem por meio de magia ou forças demoníacas. 

2 - A prática é aberta aos Leigos, e nela monges e leigos praticam juntos. Os leigos usam roupas brancas e cabelos compridos, muito diferente dos monges budistas... Isso são resquícios do estilo Maniqueísta. Essas Ordens de Praticantes Leigos, entre elas estão os Ngakpas e Ngakmas (Homens e Mulheres dessa ordem tântrica) são ordens de yogis tibetanos tântricos leigos não-celibatários, ou seja, trabalham, estudam, podem se casar e ter filhos, não são monges. Roupas brancas e cabelos compridos são características dos Judeus Essênios e dos primeiros gnósticos e cristãos, muito diferente dos mantos alaranjados ou cor de vinho e dos cabelos raspados dos monges budistas.

3 - Os demais pontos são as coisas relacionadas à doutrina tibetana dos deuses e as práticas do Tantra e não vou entrar nisso pois farei uma postagem própria depois. Por ora é importante notar que a característica do Panteão de deuses tibetanos é que eles quase sempre possuem consortes femininas, ou seja, são casais de deuses, e que eles são emanações búdicas, ou seja, expressões das qualidades e características da Natureza de Buddha. Como Buddha é um ser atemporal, é nesse sentido que os deuses são chamados de Deuses. Ora, isso é exatamente o conceito egípcio das Ideias Inteligíveis que Platão tanto ensinou e divulgou, como emanações do Ser (Deus) e que a Alma Humana capta elas como parte de si mesma. Em relação aos consortes isso tem origem egípcia e gnóstica, pois os gnósticos expandiram a cosmogonia egípcia baseda em pares de Deuses e a proliferaram por todo o mundo. A mitologia egípcia baseada em principio masculino e feminino, o Reino das Ideias e o Reino da Matéria Sensível, a união de complementares e o retorno deles ao estado original de Androginia, Deus, ou melhor, os Aspectos de Deus fazendo "sexo" entre eles e gerando mais aspectos e Ideias divinas, tudo isso que diferencia o Budismo Tibetano dos outros já existia antes no Apócrifo de João, nas mitologias dos barbelonitas e setianos, no sistema cosmogônico de Valentim, de Ptolomeu, de Basílides, Carpócrates e outros. As práticas de concentração mental em Divindades que são Ideias Personificadas claramente é doutrina gnóstica. Os gnósticos expandiram essas práticas que aprenderam com os egípcios, e espalharam pelo mundo, da sua maneira.

Vários estudiosos estão notando que os fundamentos do Tantra estão presente em vários tratados gnósticos de Nag Hammadi. Quem estuda Dzogchen vai perceber que é praticamente o sistema de Valentim e de seu maior discípulo Ptolomeu.

Enfim, é óbvio que o "Budismo" Tibetano é um sincretismo fortíssimo entre Maniqueísmo e Budismo Mahayana. O Vajrayana, na verdade, não é nem budismo, nem maniqueísmo, pois é os dois ao mesmo tempo e não é os dois. É algo novo surgido da síntese dos dois, com toques do xamanismo Bon. Retirando aquilo que é budista, o Vajrayana revela o Tantra, que nada mais é do que Gnosticismo.

Para finalizar, um pouco sobre Troma Nagmo. Troma Nagmo é uma divindade (Yidam) tibetana que personifica femininamente a Sabedoria e representa a Mãe Compassiva, a Compaixão em seu aspecto Materno que socorre aos filhos em estado de angústia, aflição ou desespero.

O Gnosticismo tem um caráter extremamente prático. Ao contrário do que se imagina ao ler seus extensos e complexos sistemas cosmogônicos, onde Deus vai emanando e emanando aspectos e características até se afastar de si mesmo e criar a Matéria, onde na verdade quem cria o mundo é um desses aspectos inferiores dele mesmo, o Gnosticismo pregava e ainda prega que não bastam as liturgias, ritos, orações, oferendas, jejuns, esmolas e virtudes. Isso todo mundo já sabe e várias religiões pregam também, muito mal, mas pregam. Saber que se deve fazer o Bem todo mundo sabe. Agora pôr em prática é diferente... Como ser bom? Como perdoar? Como amar?

Avalanches de ira, ódio, lascívia, mágoa, rancor, preguiça e outros demônios nos atacam. Como vencê-los? Só ouvir pregação de pastor não adianta. 

A Salvação, a Gnose, é adquirida com prática, com esforço, com luta. A Sabedoria não vem de graça, Deus não concede a Graça a quem não merece, pois ele seria injusto com os outros. A crença católica e protestante de que "jesus morreu na cruz por nós para nos salvar e pagou o preço por nós sem que nós merecêssemos" é uma má interpretação das Escrituras.

Como ser Bom? Como fazer o Bem? Como me livrar de meus defeitos de forma definitiva? Vou na igreja todo domingo mas não surte efeito...

Ora, Pistis Sophia é clara: é preciso mudar o estado mental através de Esforços Sinceros. E esforços sinceros requerem Práticas Sinceras. E práticas sinceras requerem força de vontade descomunal, por isso essas práticas muitas das vezes somente são passadas de mestre a discípulo, de boca a ouvidos, através de rituais de iniciação esotéricos. Porque requerem comprometimento e esforço. Requerem força de vontade. Essas técnicas impedem que a mente se deixe levar pelos maus pensamentos, sentimentos, desejos, ideologias e concepções erradas que a sociedade tenta impor através do pressionamento constante e influência ininterrupta.

Transformar a mente no dia a dia requer muita força. E pra isso são necessários certos exercícios de visualização, concentração mental, invocação de Ideias (divindades), uso de mantras, mandalas, imagens, ritos simbólicos, instrumentos musicais em toques místicos que produzem estados alterados de consciência que, se praticados com sinceridade realmente modificam o estado mental e a vibração do indivíduo, podendo inclusive passar a desenvolver habilidades desconhecidas e dons espirituais.

Lavar os pratos, varrer o chão, ficar na fila de um banco, dormir, ter uma relação sexual, cozinhar, fazer um trabalho manual, todas essas coisas podem ser usadas como práticas espirituais. Isto é Gnosticismo. Isto é Tantra. Isso é Maniqueísmo.

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Origens do Dzogchen 


Origens dos ensinamentos Dzogchen e Bon do Tibete



As doutrinas do Bon se espalharam do Ol-mo'i-gling do sTag-gzig para a Índia, Zhang-zhung e China. Destes três
As doutrinas do Bon se espalharam do Ol-mo'i-gling no sTag-gzig para a Índia, Zhang-zhung e China.
Destes três eles se espalharam para o Tibete. (Tesouro do Bom Dizer: Uma História Tibetana do Bon)

A singularidade do budismo tibetano, tão diferente de suas contrapartes indianas, pode ser explicada, pelo menos em parte, à influência de outra crença não-budista - a de Bon, que foi influenciada pela tradição maniqueísta que flui em direção ao Tibete a partir da Pérsia. A religião Bon, de acordo com a sua própria, e a história budista Nyingma, originou-se de adeptos de vestes brancas de um país persa a noroeste. Bon alega que seus ensinamentos foram trazidos para o Tibete Central algum tempo antes de 600 AD do país anteriormente independente de Zhang-zhung, a oeste do Tibete, perto do Monte Kailash, e mais remotamente de um lugar chamado " Olmo Lungring" em Tazik. Muitos estudiosos reconhecem Tazik como o atual Tazikhstan que fica a noroeste do antigo país de Zhang-Zhung. Na antiga região ocidental de Tazikhstan havia muitos persas sogdianos que defendiam as crenças de Mani (bem como numerosos cristãos nestorianos e budistas). Um escritor, ao falar dessas mesmas origens Bon, escreveu:
"Yungdrung Bon não se originou apenas em Zhang-zhung, mas foi dito que foram trazidos de Tazik, isto é, da Ásia Central de fala iraniana, para Zhang-zhung no Tibete Ocidental e Norte por um número de sábios misteriosos vestidos de branco muito antes dos eventos políticos dos séculos VII e VIII Além do xamanismo, cura, rituais mágicos de exorcismo, astrologia e adivinhação (estas práticas pertencem aos quatro modos inferiores ou Causais entre os Nove Caminhos de Bon), Yungdrung Bon continha os ensinamentos espirituais mais elevados e práticas do Sutra, Tantra e Dzogchen. Além disso, devido à influência espiritual do Yungdrung Bon e mais tarde do Budismo Indiano, muitas práticas animistas foram reformadas e a prática do sacrifício de sangue mais ou menos eliminada no Tibete, embora ainda seja praticada em ocasião pelos xamãs Jhangkri do Nepal - (Xamanismo Bonpo Tibetano Antigo por Vajranatha)
Nos antigos textos de Bon, diz:
As doutrinas do Bon se espalharam de Ol-mo'i-gling no sTag-gzig para a Índia, Zhang-zhung e China. Destes três eles se espalharam para o Tibete. (Tesouro do Bom Dizer: Uma História Tibetana do Bon)
Talvez seja significativo que as antigas histórias digam que Bon se espalhou de Tazik para a Índia, não da Índia para Tazik, como alguns propuseram. Os escritos dizem que alguns ensinamentos de Bon entraram no Tibete vindos da Índia, mas afirma que a forma indiana de Bon não se originou lá, mas em Tazik. A principal fonte dos ensinamentos Dzogchen que chegaram às escolas Bon e Nyingma do Tibete parece ter chegado de Zhang-Zhung, que agora está no oeste do Tibete / China. As antigas histórias comentam mais:
Os Dul-ba Gling-Grags dizem que o Dul-ba'i-lung e alguns outros textos foram traduzidos para a língua de Zhang-zhung a partir do sTag-gzig por rDzu-'phrul Yes-shes. (Tesouro do Bom Dizer: Uma História Tibetana do Bon, p22)
"Os bon-pos do Tibete, os de mente-clara Khyung-po sTag-sgra Don-gtsug, sNya Li-shu sTag-ring, Bhe Shod-kram e gCo Khri-gtsug foram enviados a Zhang-zhung para procurar textos de Bon junto com um iaque selvagem carregado de pó de ouro. Fizeram contato com os quatro estudiosos de Zhang-Zhung e, oferecendo-lhes o pó de ouro, pediram-lhes que lhes transmitissem as doutrinas de Bon. Os eruditos de Zhang-zhung transmitiram os textos das Quatro Grandes Doutrinas Secretas de Bon, dos Cinco Grandes Bum e muitos outros textos exotéricos e esotéricos de Bon, ambos em forma detalhada e condensada. Tendo os livros, eles voltaram para dBus, Tibete, e apresentaram os livros ao rei, que ficou bem satisfeito. "(Tesouro do Bom Dizer: Uma História Tibetana de Bon, p27). 
"Os monges orientaram seus pensamentos na direção do Bon. Sua conduta seguiu os costumes e as regras. (Do Tesouro do Bom Ditado: Uma História Tibetana do Bon, pg. 39)
"Naquela época, o reino tibetano era a terra de Bon, os reis eram grandes, os sacerdotes dignos, as leis rígidas e as pessoas felizes ... as atividades do "Sistema Unido" (isto é, Igreja e Estado) floresciam. " (Tesouro do Bom Dizer: Uma História Tibetana do Bon, p43) 
"Naquele tempo, na India o Dharma floresceu, na China os cálculos de astrologia floresceram, em Phrom a diagnose floresceu, e no Tibete e Zhang-zhung apenas o Bon Constante floresceu, embora outros campos de estudo também fossem populares". (do Tesouro do Bom Dizer: Uma História Tibetana do Bon, p43)
Os professores maniqueus usavam os cabelos compridos e o manto branco, muitas vezes de seda branca. Aparentemente, os antigos sacerdotes Bon seguiram esse costume também, pois lemos de um deles que:
"Ele carregou o lago de gNam no colo de sua túnica de seda branca." (do Tesouro do Bom Dizer: Uma História Tibetana do Bon, pág. 49)
Um decreto real também pode ter refletido essa preferência por roupas de seda branca, pois lemos:
O rei concedeu aos sacerdotes três honras para assinalar a superioridade de sua nobreza à sua própria. Para o corpo: a honra de não ter o cabelo cortado nas pontas, um turbante de seda branca sobre o qual uma pena do rei-pássaro, o abutre foi fixado, um manto de pele branca de lince, cuja gola foi feita de pele de tigre, leopardo e caracal, um par de sapatos feitos de seda com correntes de prata como rendas. (Tesouro do Bom Dizer: Uma História Tibetana do Bon, pág. 44)
Outro link para os antigos ensinamentos maniqueus pode estar na prática de se refugiar em Quatro Jóias, e não Três como os budistas:
"Até a época do rei Khri-thog-btsan não havia se ouvido falar dos Três Preciosos (Budismo) na Terra das Neves ... Do reinado dos sete Khri até este rei (Khri-thog-btsan) o refúgio foi sendo tomado nos "Quatro Preciosos" do Bon Eterno e assim obtida fuga dos medos e sofrimentos de agora e do futuro, finalmente, alcançada a iluminação. " (Tesouro do Bom Dizer: Uma História Tibetana do Bon, p. 76-77)
Outro link para Mani também pode ser encontrado na Doutrina Tríplice e das Duas Verdades de Bon, pois os maniqueus eram conhecidos pela Doutrina dos Três Tempos e Duas Verdades (Dois Princípios):
"Os assuntos expressos em nosso sistema de Bon são a Doutrina Tripla, as Duas Verdades, etc., ou seja, não são aquelas do Chos (Budismo), das quais  o Bon é acusado de ser nome falso." (Tesouro do Bom Dizer: Uma História Tibetana de Bon, 186)
Dzogchen, como comumente ensinado por professores tibetanos, é altamente budista, até mesmo a versão de Bonpo, e sofre de verbosidade severa e infinitas descrições vagas do estado não-dual. Quando esse verniz é removido, os conceitos centrais do Dzogchen são muito compatíveis com o fluxo gnóstico adotado por Mani. A alegação de que seus ensinamentos Dzogchen vieram da Pérsia, a terra de Mani, é plausível.


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CONCLUSÃO

Quando os missionários indianos budistas chegaram no Tibet encontraram o xamanismo Bon quase totalmente reformado, consistindo mais em Maniqueísmo, ou seja, gnose cristã, do que xamanismo. Algumas regiões do Tibet permaneceram xamânicas e até hoje ainda existem xamãs, povos e tribos no Tibet que pouca influência tiveram do Maniqueísmo e do Budismo. O mesmo no Nepal. Existem nesse país tribos inteiras xamânicas que em nada se parecem com os Hindus ou budistas, mas MUITO se parecem com nossos Índios da América e com os povos da Sibéria russa.

As fontes Bon e Budistas dizem que o Bon se originou no Tajiquistão e chegou ao Tibet através de missionários de cabelos compridos e vestes brancas. Mais ainda, dizem que essa doutrina veio da Pérsia!!!

ORA, O PROFETA MANI NASCEU NA BABILÔNIA, NO IMPÉRIO PERSA!

As doutrinas do Budismo Tibetano - Budismo Tibetano é também chamado de Tantra, Tantrayana, Vajrayana, Carruagem do Diamante, Mantrayana, Budismo Esotérico, Budismo Tântrico - quando retirado o verniz budista, resta o mais puro Gnosticismo escrito em termos tibetanos, condizente e identificado com os sistemas cosmogônicos Gnóstico Clássico e Maniqueísta, diferente demais do budismo.

Ou seja, de fato os autores muçulmanos estão corretos, o Maniqueísmo se espalhou por toda a Ásia Central, converteu todos os povos dos atuais Tadjiquistão, Uzbequistão, Azerbaijão, Quirguistão, Turcomenistão, boa parte do Cazaquistão, norte da Índia (atuais norte de Paquistão e Afeganistão) e Xinjiang na China (Uyghuristão).

O sistema tibetano de Dzogchen é idêntico ao sistema dos gnósticos Mandeus que existem ainda hoje no Iraque, o Maniqueísmo, o Valentinianismo, os Barbelognósticos e suas vertentes e ainda possui fortes semelhanças com misticismo católico e ortodoxo de vários santos católicos e escolas como a dos Hesicastas e dos monges russos e gregos, os Padres do Deserto e alguns místicos católicos ocidentais - estes parecem ter simplificado os sistemas gnósticos para encaixá-los no catolicismo de forma a não chocar e atrair perseguição das autoridades.

Um comentário:

  1. Porfavor, a menos que você tenha realizado diretamente a sabedoria promordial, nao faça essa comparacao absurda, isso pode mais prejudicar aqueles que estao lendo do que realmente ajudar em alguma coisa. Porfavor

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